Saúde: Nesta quarta (18), CAPS realiza ato a favor da luta antimanicomial
O Centro de Assistência Psicossocial (CAPSIII), nesta quarta-feira (18), realizará ato público em alusão ao dia 18 de maio, Dia Nacional da Luta Antimanicomial, na Praça Duque de Caxias, Marabá Pioneira, a partir das 8 horas. A ação contará com apresentações culturais, danças folclóricas, rodas de conversas e atividades físicas. Também haverá exposição de artesanatos produzidos pelos usuários do CAPS que participam dos grupos terapêuticos.
“É uma data importante, pois remete ao direito do usuário portador de transtorno mental de ter atendimento à saúde, aos melhores tratamentos de saúde, ser tratado com respeito e humanidade e visando alcançar sua recuperação e inserção familiar no trabalho e na comunidade”, comenta Morgana Lobo, coordenadora do CAPS.
A luta antimanicomial representa um não ao tratamento desumanizado, que era implementado aos antigos hospícios. Na contramão de um tratamento responsável, humanizado, ético e baseado em evidências científicas e que traga dignidade à pessoa assistida.
Também participarão do evento a Banda da Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM); as equipes do CTA/SAE (Serviço de Atendimento Especializado – Centro de Testagem e Aconselhamento) com a realização de testes rápidos para detecção de HIV/AIDS, Sífilis, Hepatite B e Hepatite C; e a equipe do Extramuro também participará com a aplicação de vacinas contra gripe e sarampo.
Histórico
A partir de 1987, o Serviço de Saúde Mental deu nova visibilidade à luta antimanicomial no Brasil, na tentativa de abolir o então sistema de internamento das pessoas em ambientes psiquiátricos. Hoje, com o advento dos CAPS, o cenário da assistência da saúde mental mudou, contribuindo para retirada dos pacientes de instituições psiquiátricas para trabalhos abertos, em residências, com atendimento de turno, multiprofissional, ligado à família e aos recursos da comunidade.
O dia 18 de maio foi instituído como Dia Nacional da Luta Antimanicomial no Brasil. Uma luta que iniciou no final da década de 1970 e se consolidou durante os anos 1980 com profissionais da área da saúde mental, protestando contra certos tratamentos executados nos manicômios, como o eletrochoque. Em 2001, a Lei 10.216, que dispõe sobre os direitos e a proteção das pessoas portadoras com transtornos mentais, é considerado um grande avanço na humanização do atendimento a essas pessoas.
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Arquivo Secom PMM