CCZ: Ação no São Félix Pioneiro promove coleta para exames de leishmaniose
No próximo domingo, dia 10, o CCZ realizará a mesma atividade na praça do São Félix II
Com quatro cachorros e dez gatos adotados, dona Soraia Vieira levou um dos animais, a pinscher Lilica de quatro anos para fazer a coleta do sangue para o teste de leishmaniose, no domingo (03). A ação foi realizada pelo Centro de Controle de Zoonoses de Marabá (CCZ) na Praça do São Félix Pioneiro. Soraia soube da ação por meio da internet e não perdeu a oportunidade.
“Eu achei muito bom, pois tenho dificuldade em ir para o outro lado da ponte com eles porque não tenho transporte para levá-los. Então achei bom essa ação aqui no nosso bairro e que tenha mais para atender nossos bichinhos”, destacou, explicando que toma todos os cuidados para o bem-estar da Lilica.
“Ela é criada dentro de casa, o ambiente é limpo. Tenho cuidado para ela não sair para a rua e pretendo usar nos bichinhos o repelente que eles indicaram aqui”, pontua.
Antes da coleta, os tutores preenchem um formulário informando as condições de saúde e dados clínicos dos animais, moradia, assim como se há crianças e idosos residindo na casa, já que a doença pode ser transmitida aos humanos por meio do mosquito vetor infectado, conhecido como mosquito palha. Esses dados são importantes já que servem como base para as orientações que a equipe do CCZ repassa aos tutores.
Entre as recomendações estão o uso de repelentes específicos contra o mosquito vetor da doença ou coleiras que cumprem a mesma função; poda de árvores evitando sombra e folhagem excessiva; não deixar o terreno alagadiço; manter plantas rasteiras afastadas umas das outras a fim de evitar acúmulo de material em decomposição; não criar galinhas e porcos e sempre manter o quintal limpo, roçado e sem material em desuso.
Maria de Jesus Silva mora há dez anos no núcleo São Félix Pioneiro e levou a Bebel, de cinco anos, para fazer a coleta para o exame. “Muitas vezes o animal não tem sintomas e está com a doença. Então vim aqui para tirar a dúvida. Sempre cuido da Bebel. É a minha bebê de casa. E achei bom essa ação aqui por ser um bairro mais afastado”, ressalta.
Maria de Jesus Silva
De acordo com o veterinário do CCZ, Nagilvan Rodrigues, o número de casos da doença em animais está caindo. Ele cita, como exemplo, as ações em Morada Nova, onde anteriormente o índice de casos da doença era de 70% entre os exames realizados e, na última ação, os números caíram para 25%.
“O nosso mutirão também é em relação à limpeza, ao cuidado com os quintais e o cuidado com o ambiente doméstico. Nos locais que estamos realizando ações, as pessoas estão vindo com seus animais”, destaca Nagilvan Rodrigues.
Segundo o veterinário, entre os sintomas da leishmaniose no animal estão o crescimento exacerbado das unhas, emagrecimento, problemas de pele, problemas oculares e outros que fazem o animal definhar. Alguns animais podem não apresentar os sintomas, por isso a importância do exame. A doença não tem cura, mas há vacina que ajuda na prevenção e tratamento.
O mecânico Cezar Max foi até a praça com o poodle Pietro, de oito anos. Ele também soube da ação por meio das redes sociais. “O Pietro sempre foi bom de saúde, tomando todas as vacinas, alimentação sadia, ração. Temos todos os cuidados. É uma ação de prevenção muito boa porque essa doença pode afetar crianças e idosos, por exemplo. Sem contar que o animal também merece porque é como se fosse uma pessoa para nós, um filho”, declarou.
O resultado do exame sai em 15 dias. Os donos recebem um número de telefone para ligar e saber o resultado. Na ação também foi aplicada a vacina antirrábica.
No próximo domingo, dia 10, o CCZ realizará a mesma atividade na praça do São Félix II.
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Texto e fotos: Ronaldo Palheta