CCZ: Cidade Jardim e Delta Park recebem testagem para detecção de leishmaniose
O trabalho das equipes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de coleta de sangue em cães aconteceu nesta sexta-feira (26), no Comercial JG Ribeiro Alimentos, no Delta Park, e também na tenda em frente ao Supermercado Carro Chefe, no bairro Cidade Jardim. A ação foi de 8 ao meio dia. Nas primeiras horas da manhã foi grande a procura pelos testes. A coleta de sangue é realizada na hora e o resultado sai em até 15 dias.
No bairro Cidade Jardim, Roberto Alves de Oliveira, dono de um casal de cães, levou os animais na ação. “Não podemos ficar esperando, temos que fazer o teste para proteger os cães e também proteger nossa família”, disse.
No bairro Delta Park, Júlio Cesar Sousa Santos levou o pequeno Boris, de 2 anos. “Temos que ter cuidado com nossos cães, aliás é preciso cuidar de quem se ama e o Boris é parte da família”, afirma.
O objetivo das equipes do CCZ é percorrer todos os núcleos da cidade com a realização das coletas para testagens, a fim de prevenir a leishmaniose. As ações já aconteceram nos bairros Liberdade, Laranjeiras, Jardim do Éden, Residencial Tiradentes, Morada Nova, entre outros. No total foram cerca de 380 testes realizados somente em ações pontuais nos bairros.
De acordo com o médico veterinário Nagilvan Amoury, a expectativa é que sejam feitas, em média, duzentas coletas nos dois bairros. Os testes estão também disponíveis no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), localizado na Avenida 2000, em Belo Horizonte. Basta levar o animal e um documento pessoal com foto do proprietário do pet, nos seguintes horários: segunda e quinta, das 8 às 10 horas; terça e quarta, das 13 às 15 horas.
A próxima ação do CCZ acontece no dia 03 de dezembro, na Praça Duque de Caxias, na Marabá Pioneira.
LEISHMANIOSE
No caso dos testes positivos, o CCZ envia o sangue do animal para o laboratório, para realização do teste sorológico. O médico veterinário Flávio Ferreira, coordenador do CCZ, lembra que mesmo o animal não apresentando sintomas como crescimento anormal das unhas, feridas que nunca se curam (principalmente no nariz e orelha), aparecimento de caspa e perda de pelo na cabeça, diarreia, presença de sangue na urina, fadiga, febre, conjuntivite, entre outros sintomas, é necessário realizar o teste, como também prevenir a leishmaniose, que é transmitida pela picada de um mosquito do gênero Phlebotomus, que age geralmente entre 18 horas e seis da manhã.
O veterinário Flávio Ferreira da Silva, coordenador do CCZ explica que entre as principais formas de prevenção da doença estão as coleiras repelentes, atualmente existem três marcas no mercado. Outra forma de diminuir os riscos de contágio é o controle ambiental, mantendo o animal em um ambiente limpo “As próprias fezes do animal, como frutíferos, restos de comida, tudo isso atrai o mosquito. A Leishmaniose é uma doença que não passa pelo contato, apenas pelo vetor, por isso quanto mais evitarmos o contato com o mosquito vetor, menor a chance de contaminação. Por isso mantenha sempre o ambiente limpo.”, esclarece.
A leishmaniose canina não tem cura, mas é possível de ser tratada, sendo melhor a prevenção por ser altamente letal, se não for detectada a tempo.
Texto: Victor Haôr
Fotos: Sérgio Barros