Cidadania: No Dia do Trabalho, servidores comemoram reconstrução da cidade
O dia 1º de maio para muitos é dia de descanso, mas para o seu Itarlan e para o seu Delair, este dia tem um significado maior, representa dignidade, nobreza, oportunidade de reconstrução de vida, e da participação também na reconstrução de Marabá. Tanto Itarlan Domingos Lima de Sousa, de 58 anos, quanto Delair Antônio Guimarães, de 66 anos, trabalham há décadas na prefeitura. Neste Dia do Trabalhador eles contaram o bê-á-bá da transformação da cidade que estão vivenciando, bem como a contribuição da mão de obra de cada um, na gestão pública.
Itarlan teve oportunidade de ingressar na prefeitura, há 27 anos, de lá pra cá sempre trabalhou na Sevop (Secretaria de Viação e Obras Públicas). Ele ocupa o cargo de encarregado do setor de serviços, sendo responsável pela montagem de palcos nos períodos de festejo, construção de abrigos, barracas de veraneio entre outros serviços. “Eu me sinto bem como trabalhador, cidadão e pai de família, pois trabalho numa gestão transparente e tenho muito orgulho disso, porque é uma gestão séria, que respeita o trabalhador. Não tem coisa melhor que isso, o gestor respeitar o subordinado”, enaltece Itarlan.
VIDA
O servidor da Sevop lembra que antes de entrar na prefeitura em 1982, ingressou no serviço militar, e lá aprendeu serviços e princípios que tem aplicado ao longo da caminhada, inclusive no trabalho de longas datas na prefeitura. Provedor de uma família de quatro filhos e a esposa Maria Eunice Mourão, que ele classifica como tudo na vida dele. “A prefeitura me deu oportunidade de conhecer uma mulher de verdade, ter minha família, e o principal que o meu trabalho é com dignidade”, expressou Itarlan.
Itarlan nasceu em Barra do Corda no Maranhão, veio apenas com 6 meses de vida em um avião para Marabá, no colo da mãe. “Me considero marabaense de coração e me sinto orgulhoso de trabalhar nesse serviço e tenho grande respeito. Ao falar fico até arrepiado. Essa gestão já foi a melhor que passei na minha vida”, contou ele, emocionado.
ZELO
O Serviço de Saneamento Ambiental de Marabá (SSAM) conta com muitos trabalhadores competentes e que têm muitas histórias para contar. Um deles é o fiscal de limpeza urbana, Delair Antônio Guimarães. Dos 66 anos, 30 são dedicados ao trabalho de limpar a cidade. “Eu trabalho com muito orgulho participando da reconstrução da cidade há muitos anos, gosto de trabalhar com ele [Tião Miranda] e faço com muito amor e carinho. O maior prazer que eu tenho é o trabalho”, demonstrou ele.
Seu Delair é conhecido por ter muito zelo na limpeza e por tratar as pessoas de forma cordial. “A limpeza que eu gosto de fazer é bem-feita, rua por rua, fazendo o gosto da população. As vezes tem um monte [de lixo] numa rua, eles pedem e vou lá tirar. Esse tempo todo que estou na prefeitura sempre trabalhei dessa forma, eu não deixo passar em branco. A população gosta do meu trabalho, aonde estou recebo elogios do meu trabalho”, contou ele.
O trabalhador acorda às 5 da matina e às 6 horas já fica à espera do transporte para ir para a SSAM. “De lá que nós vamos para o campo. Pego as montoeiras de capim, que o pessoal de roço e capina fazem, as galhadas que ficam cortando eu vou com a máquina e tiro. Depois vou para as folhas e faço rua por rua, se estou em outros bairros também sigo da mesma forma. Eu não deixo nada para trás. Nunca deixamos a desejar”, garantiu ele.
Nascido em Bragança, Delair chegou ao município em 1984. A oportunidade de trabalhar na prefeitura veio no ano seguinte. Em todo esse período, só ficou de fora da limpeza pública durante 4 anos, o restante da vida foi dedicado ao município, passando pela gestão de prefeitos como Bosco Jadão, Hamilton Bezerra, Nagib Mutran, Haroldo Bezerra, entre outros. “De todos os prefeitos me identifico mais com essa gestão. Construí minha família, tenho 4 filhos (duas mulheres e dois homens), sou avô de seis netos”, narrou ele.
Por fim, Delair deixa uma mensagem para aqueles que não valorizam o seu trabalho. “Eu dessa idade [66 anos] nunca parei de trabalhar. Para todas as pessoas que não gostam de trabalhar, tem de pegar o ritmo do serviço para honrar com seus compromissos dignamente. Hoje tenho minha casa construída graças ao suor do meu trabalho”, finalizou.
Texto: Emilly Coelho
Fotos: Hilton Rodrigues