Como a gente vê Marabá: Ginástica para Mulheres traz mais qualidade de vida às participantes
A melhora na qualidade de vida, disposição e autoestima é o que muitas mulheres sentem quando começam a frequentar o Programa Ginástica Para Mulheres, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Esportes e Lazer de Marabá (Semel). São 20 diferentes polos, contemplando zonas urbana e rural do município, com a participação de cerca de 1800 mulheres.
É o caso da aposentada Maria das Graças da Silva, que era sedentária e vivia cansada, pois trabalhava numa confeitaria. Há dois anos, ela conheceu a atividade por meio de amigas e resolveu se matricular para melhorar a saúde.

“Eu era muito parada, estava numa confeitaria só trabalhando e comecei a sentir problema de circulação. Aí eu vim pra cá com as amigas, me matriculei e graças a Deus melhorei bastante. Estava muito cansada, sedentária também, e mudou muito a minha vida. E desde lá não paro mais, continuo fazendo aqui a ginástica e é muito interessante e importante pra gente. É muito bom chegar aqui e encontrar as colegas, conversar, dançar”, declara.
Outra mulher que sentiu os benefícios que a ginástica pode trazer foi a professora aposentada Mareni Martins, que ouviu falar da ginástica na escola onde trabalhava. Ela está no programa desde o início do programa.

“Eu disse ‘ah, vou me inscrever’. Aí vim no outro dia e só parei na pandemia. Resolvi fazer para melhorar o corpo e por causa da idade. Então, eu preferi fazer para não ficar doendo as juntas, apesar de ainda não sentir nada, mas eu venho pra equilibrar. A gente fazendo exercício fica ainda melhor para nosso corpo. A gente fica mais animada, tem disposição”, revela.
Os exercícios ajudam também no caso de melhora da saúde, o que foi visível para a autônoma Maria José Costa, que conseguiu emagrecer e diminuir o colesterol e triglicérides. Ela soube do programa por meio de carro de som que passou em sua porta e resolveu participar.

“Aqui é tudo de bom, porque, graças a Deus, eu não precisei tomar remédios pra baixar colesterol nem triglicérides. Eu apenas foco na dieta e nos exercícios. Agradeço a Deus por esse projeto maravilhoso. Muito bom para a gente, é bom para o organismo da gente, para a saúde. A autoestima também melhora, é muito bom, é um investimento, além de você cuidar da saúde, você se diverte”, enfatiza.
A educadora física, Cristiane Chaves, é a professora de ginástica do programa do Ginásio Renato Veloso, na Folha 16. Ela relata que sempre escuta histórias de superação e melhoras na saúde e qualidade de vida das alunas.
“É gratificante, muito gratificante, para mim fazer parte desse projeto. Um projeto que ajuda não só as mulheres, ajuda a população no geral, porque a mulher ela é mãe, ela é tia, ela é a família inteira. Todo dia uma história diferente, todo dia você vê a melhora no rosto delas, a cada aula que você faz. Assim que termina sempre vem alguém, te relata alguma coisa e é sensacional fazer parte disso”.


Tina, como é conhecida, conta também que ouve relatos de melhora na saúde mental das mulheres que participam do programa. “A melhora psicológica é bem mais relatada entre elas. A melhora na autoestima, enfim. Muitas delas já vêm com o quadro de depressão, coisas do tipo. E aí é só melhora”, pontua.
Uma das alunas que não quis se identificar, contou que antes de participar da ginástica era infeliz, triste, depressiva, não gostava de sair, vivia trancada em um quarto escuro e não conseguia cuidar do marido e dos filhos. Um dia ela soube da ginástica e foi incentivada a fazer. Ela foi porque viu nos exercícios uma tentativa de sair daquela depressão profunda em que se encontrava. Quando foi a primeira vez, já sentiu a alegria voltando e quando chegou em casa, o marido percebeu o semblante dela diferente e a elogiou. Depois disso, ela nunca mais parou de frequentar as aulas e hoje sorri feliz dançando pela vida.








Texto: Fabiana Alves
Fotos: Sara Lopes