Cultura: Em um mês de atividades, Praça da Juventude atende 340 crianças e adolescentes
Há um mês os moradores dos bairros Km 7, Araguaia e Nossa Senhora Aparecida contam com os mais variados tipos de atividades que são realizadas na Praça da Juventude do Km 7. Em parceria com a Fundação Casa da Cultura e Secretaria de Esportes, a Prefeitura disponibiliza para a comunidade atividades buscam a inclusão social de jovens e adolescentes.
As modalidades são capoeira, dança, flauta, musicalização, teatro e skate, que iniciaram as atividades no dia 22 de abril. Uma das coordenadoras do projeto, Juraci de Sousa Gomes, explica que o projeto visa incluir ainda informática e futebol. Juraci ressalta que a escolha do curso deve ser adequada a idade dos alunos. “São aceitas crianças de 5 a 17 anos. É exigido comprovante de residência e declaração da escola sobre a frequência das aulas”, contou.
No momento são atendidas 340 crianças, que estudam na rede pública municipal e residam em um dos três bairros. “Nossa meta é chegar até 500 crianças. Temos atividades todos os dias a partir das 8 horas. Todos os professores são funcionários da prefeitura e muito bem preparados”, ressalta.
As aulas de teatro estão entre as com maior procura. A professora da Companhia de Artes da Casa da Cultura, Raimunda Gomes Rosa, pontua que são ensinadas técnicas de expressão facial e corporal, além de danças e interpretação de texto. “Às vezes também passamos uns filmes. Mas todas técnicas aplicadas vêm de formação específica para o teatro. Já fizemos uma apresentação do Dia das Mães e temos como meta a inclusão das crianças em um grande espetáculo no fim do ano”, afirmou.
O professor de capoeira, Wanderson Gomes Rodrigues, comenta que muitos pais agradecem a melhora no comportamento do filho no convívio social, tanto na escola quanto na família. “Trabalhamos a mente da criança, o respeito, a educação tanto no projeto quanto na sociedade. Esse é o trabalho que desenvolvemos com a capoeira. Temos a dança, a parte teórica, a parte de trabalhar a mentalidade, o desenvolvimento dos órgãos e musculaturas. Toda formação física e cidadã”, concluiu.
Uma dessas pessoas é a Maria Ferreira de Brito, avó de Robson Fernandes de 9 anos, que pratica as aulas de capoeira. “Ele pede para vir. Para nós é de grande importância. Ele sai do colégio, almoça e vem para cá, ocupar a mente. Daqui ele irá seguir em frente, sempre aprendendo coisas novas”, disse dona Maria, acrescentando que “o espaço todo está muito bonito”.
Até o momento nenhuma desistência foi registrada entre os inscritos. A estudante Maiane Leal, 14 anos, uma das crianças beneficiadas pelo projeto, confessa que iniciou as atividades para agradar a mãe, mas agora não cogita abandonar. “Gostei desde o primeiro dia. Estou gostando muito, minha flexão tem melhorado. O professor nos ensina direitinho, se importa com a gente. Eu quero chegar até a última corda”, disse a estudante.
Além dos alunos, também foram selecionados cinco estagiários, com idade entre 15 e 17 anos, todos pertencentes à comunidade. O curso de música já está com as inscrições encerradas, mas as outras modalidades ainda estão aceitando cadastros. Todos os instrumentos e materiais didáticos são disponibilizados pelo centro.
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Paulo Sérgio dos Santos