Defesa Civil: Reunião define estratégia de atendimento às famílias que podem ser atingidas pelas cheias
Uma reunião realizada na manhã desta quinta-feira, 29, na sede da Coordenadoria de Proteção e Defesa Civil (Compdec), com participação do Comando do Exército em Marabá, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Secretaria de Saúde e Secretaria de Assistência Social, definiu estratégias de atendimento aos possíveis desabrigados caso o nível dos rios Tocantins e Itacaiúnas continuam em elevação.
Na manhã de hoje, o nível do rio Tocantins chegou à casa dos 9,40 metros, mesma medida da tarde de ontem, quarta-feira, 28, permanecendo estável, porém ultrapassando a cota de alerta que é de 9 metros.
“Nós estávamos esperando que ele se mantivesse na casa de todos os dias subir entre 20 a 30 centímetros e nos antecipamos. Chamamos todos os órgãos parceiros da Defesa Civil para uma reunião, pois caso haja uma cheia já está todo mundo alinhado, lembrando que com 10 metros nós já temos pessoas atingidas pela cheia, principalmente nas famílias que construíram suas casas abaixo da Cota 82, que é Del Cobra, um trecho da Vila Canaã, Carajás 1, 2, Taboquinha, o pessoal do Tacho e as novas construções aqui do bairro Amapá”, explica Marcos Andrade, Coordenador da Defesa Civil.
O plano de contingência e a mobilização dos órgãos parceiros de atendimento às famílias estão em execução. Já foi solicitado a construção de abrigos em áreas de maior número de desabrigados com base nos registros de anos anteriores e atendimento na área de assistência social, saúde e segurança para as famílias.
“A gente sabe que recorrentemente, todo ano, pode haver cheia aqui no município de Marabá. Então a PM se antecipa nessa questão, principalmente com os órgãos parceiros, justamente para haver essa integração, para que, por parte da Polícia Militar, na parte de segurança, ocorra de fato, tanto para quem está diretamente agindo como também com a questão da parte de segurança pública, para as pessoas nos abrigos. Às vezes tem muita ocorrência então a Polícia Militar faz esse trabalho preventivo”, explica Willame Costalat, Tenente da Polícia Militar.
O Assessor Especial da Defesa Civil, Joel Araújo, explica que ainda há dois meses chuvosos na região, em que há oscilação do nível das águas dos rios.
“No período de cheia, ela tem essa subida e descida, mas a Defesa Civil está preparada para atender os impactados. Nós devemos nos preocupar porque a cheia pode ocorrer, nós temos os meses de março, abril e maio”, ressalta.
Texto: Victor Haôr
Fotos: Sara Lopes