Dia da enfermagem: O dom de cuidar da saúde das mães e bebês no HMI
Todos os dias, nascem em média 20 a 25 crianças no Hospital Materno Infantil (HMI), em Marabá. Um dos profissionais que acompanha a gestante desde o pré-natal até o puerpério é o enfermeiro. Nesta quinta-feira, 12, é celebrado o Dia do Enfermeiro e Dia Internacional da Enfermagem.
O dia foi escolhido por ser a data de nascimento de Florence Nightingale, inglesa do século XIX, considerada fundadora da enfermagem moderna e que sistematizou o atendimento da profissão.
Entre os 24 enfermeiros que compõem o quadro do HMI está Marco Antônio Oliveira que exerce a profissão há 22 anos e trabalha no hospital desde a fundação. Atualmente, atua como enfermeiro obstetra e realiza a classificação em obstetrícia, onde analisa e verifica os riscos que cada paciente pode apresentar diante dos sintomas relatados. A partir disso, as pacientes são classificadas em cores denotando o nível de risco.
De acordo com o profissional, a enfermagem atualmente é moderna e diversificada com centenas de especializações que ampliam as perspectivas de atuação do enfermeiro. “E a sistematização, a organização do atendimento de enfermagem nas suas especialidades é de grande importância para que o paciente receba um atendimento de qualidade voltado especificamente para o seu problema”, pontua o enfermeiro.
Marco Antônio Oliveira resume bem seu sentimento em relação à profissão. “Para minha vida enfermagem é tudo. Eu amo ser enfermeiro, eu nasci para ser enfermeiro”, ressalta.
No HMI, os profissionais são distribuídos em sete setores: Banco de Leite, Unidade de Cuidados Intensivos (UCI), Centro de Materiais Esterilizados (CME), Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), Bloco A, Bloco B e Centro Obstétrico. Em cada setor há cerca de cinco técnicos atuando conforme a necessidade e redimensionamento.
A diretora de enfermagem do HMI, a enfermeira Vanice Costa atua há 15 anos na profissão e já soma nove anos no hospital. Ela compartilha que, recentemente, teve que tirar plantão no domingo do Dia das Mães e por isso não esteve na data especial com seu filho. Apesar disso, ela conta que nesse mesmo dia, juntamente com sua equipe, atendeu uma criança em estado grave e conseguiram salvá-la.
“Às vezes a gente abre mão de uma situação e Deus abençoa e mostra que você é importante naquele momento. Então, é isso que faz a gente ter ânimo e ir para frente. É uma profissão muito linda, é um trabalho árduo. A gente deixa realmente de cuidar dos nossos, às vezes, para cuidar de você, do seu parente. Então é uma coisa que tem que ser feita com muito amor. Tem que ser reconhecida”, ressalta a diretora.
Para ela, a enfermagem consegue ter uma visão mais ampla dos pacientes pelo fato de os profissionais estarem mais próximos deles. “Às vezes, a equipe de enfermagem vê coisas que outro profissional não consegue ver e nós somos o que ficamos mais próximos deles, então a gente cria um vínculo. E neste vínculo, a paciente confia na gente e acaba falando assuntos que não fala para outro profissional e o nosso dever como enfermeira é correr atrás e garantir o melhor para ela”
Entre os 107 técnicos de enfermagem que atuam no HMI está Dhuliane Dias que trabalha no hospital há dois anos. Ela atua especificamente no Centro Obstétrico onde executa os cuidados básicos como administrar medicações e observação das pacientes.
A rotina dela começa às 7 horas quando recebe o plantão de outros profissionais. A partir, das informações repassadas sabe quais procedimentos realizar com as pacientes. Para ela, é primordial a presença de um profissional de enfermagem no momento em que uma mulher dá à luz.
“O profissional de enfermagem não apenas toca como um paciente, como um cliente, ele atende de pessoa para pessoa, principalmente a gestante, que é um momento inesquecível, é um momento único. Elas esperam nove meses por esse momento de conhecer o amor de suas vida”, destaca.
A técnica de enfermagem ainda destaca o que significa para ela trabalhar na enfermagem. “Significa cuidar, amar. Eu fiz isso porque eu amo cuidar e atender as pessoas e ajudá-las de alguma forma. Eu espero que esse seja o meu objetivo para a vida toda”, reitera.
A enfermeira Carla Vieira trabalha no HMI há 6 anos e atua no setor de tratamento clínico das gestantes, puérperas e outros casos. Nesse setor, recebe as pacientes, verifica os sinais vitais, realiza testes como o do coraçãozinho, verifica as vacinas e outros procedimentos a fim de garantir que elas estejam aptas para receberem a alta.
A enfermeira também realiza orientações a respeito de testes e vacinas que os recém-nascidos precisam fazer. Para ela, a enfermagem é o coração do hospital e as pessoas que exercem a profissão o fazerm por amor
“É uma gratificação a gente ver um bebê nascendo. Eu fico muito feliz, mas eu fico mais feliz ainda quando a gente pode ajudar a mãezinha, orientando quanto à amamentação, quanto aos exames que ela tem que fazer”, pontua.
Carla Vieira ainda compartilha o que a profissão representa para ela. “A enfermagem significa tudo o que eu tenho na minha vida. Eu amo essa profissão. Já estou nela há muito tempo e às vezes as pessoas dizem ‘por que tu não quer ser médica?’. Eu nasci, eu acho, para cuidar. Porque a enfermagem é o que? Assistência, é o cuidar. Quando você cuida de uma pessoa, você está fazendo, pode ser importante para muitas pessoas, mas para aquela que está recebendo cuidado com certeza faz a diferença”, finaliza.
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Paulo Sérgio
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