Dia das Mães: No HMI, mães e bebês são acolhidos com muito carinho todos os dias
Todos os meses cerca de 600 bebês nascem no Hospital Materno Infantil para alegria das mães e das famílias que os recebem
O sorriso no rosto de Daiane Souza, 24 anos, é pela oportunidade de ter por perto as gêmeas Tayani e Tayemili, que nasceram com 33 semanas no Hospital Materno Infantil de Marabá (HMI). Por terem nascido com menos de um 1 quilo e 800 gramas, as recém-nascidas tiveram que ficar em uma UTI Neonatal para ganharem peso.
Por mês, o HMI realiza cerca de 600 partos que, muito além de números, são vidas que iniciam e sonhos que se realizam para muitas mães como Daiane. Ela conta que não esperava uma gravidez gemelar e que as duas filhas se juntam agora às outras três que ela já tem.
“Eu me sinto uma pessoa mais importante, com duas princesas que Deus me deu, que é um presente tão maravilhoso do Dia das Mães. Era para ser mais para frente, mas Deus antecipou para ser um dia tão maravilhoso. Sou feliz com minhas filhas. Tenho mais três também. Tudo mulher. Eu me sinto uma mulher tão maravilhosa e tão feliz com essas duas princesas que eu tenho. Ainda mais gêmeas, que eu nunca imaginava que teria e Deus me deu. Tão grata a Deus”, agradece Daiane Souza.
Ela compartilha que apesar de o trabalho ser redobrado com a experiência de ser mãe de gêmeas, já está se acostumando.
“O povo chega aqui perguntando quem é quem, mas já identifiquei, já sei quem é. Conheço cada uma. Uma chora mais, a outra é mais quieta, mais calma. Já estou reconhecendo. A gente como mãe tem que aprender a reconhecer os filhos”, reitera.
Com o presente de Dia das Mães antecipado, a festa em família será grande com Daiane, as gêmeas e as filhas de 5, 4 e 2 anos de idade.
“Agradeço a Deus primeiramente. Também quero agradecer à maternidade que me atendeu bem. Eles me atenderam bem, não tenho nada do que reclamar. Feliz Dia das Mães para todas as mães que se encontram aqui e que estão por aí e que Deus dê saúde, felicidade para todas. Um beijo e um abraço para cada mãe”, conclui.
Quando as crianças nascem, logo têm acesso aos diversos serviços e exames disponibilizados pelo hospital. Os recém-nascidos até 28 dias de vida já saem com os testes de olhinho, coraçãozinho, orelhinha e linguinha. Já o teste do pezinho, é mais voltado para os bebês internados. Para os demais, esse exame é encaminhado para as Unidades Básicas de Saúde realizarem.
Além disso, há também os exames laboratoriais e de imagem, que são realizados quando necessário; e os diversos profissionais especializados, que fazem parte da equipe e podem atuar durante o período pós-parto: psicólogo, assistente social, nutricionista, infectologista, cirurgião pediatra, cirurgião geral, cardiologista, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, além de pediatras e obstetras.
Para as mães de primeira viagem, como Rosa Santos, técnica de enfermagem do HMI, 37 anos, a emoção é diferente. A mãe do pequeno Otto compartilha que ele nasceu com a língua presa, a chamada anquiloglossia, sendo necessário fazer a frenotomia.
Diante disso, a amamentação foi difícil no início, sendo necessário dar uma fórmula para alimentá-lo. Ela compartilha que se sentiu frustrada quando teve que dar a fórmula para o filho se alimentar.
“Tem o amamentar, que eu nunca pensei que fosse tão difícil. Não é só sugar, tem o pegar, tem o alimentar, conhecer, nos conhecer. É como se fosse uma dança. Eu pego torto daqui, ele balança a cabeça. Eu não sei como pegar na cabeça dele, mas agora a gente já está se entendendo. Sabendo mais ou menos como é que é nosso passo. Toda mulher pode amamentar, só que nem sempre é possível. Por mais que você queira, por mais que você esteja ali só para isso, mas não acontece. Ter que dar a fórmula para ele foi frustrante, mas agora a gente está conseguindo”, declara.
Sobre esse primeiro Dia das Mães com o filho no colo, Rosa pontua que a maternidade se tornou realidade e que o dia será muito importante para ela e o filho.
“Na barriga, ele é um sonho. A gente sabe que está ali, a gente sente, a gente conversa, a gente conta história, ele responde. Mas quando ele está aqui no teu colo, é real. Assim, é teu. Vai ser muito especial porque de certa forma meu filho é um presente”, celebra a mãe.
Domingas Aquino tem 72 anos e é enfermeira obstétrica há 12 anos. Trabalha no HMI desde a undação do hospital. Ela explica que quando a gestante chega ao hospital é encaminhada para o acolhimento e orientada a respeito de todos os procedimentos que serão seguidos.
Após o parto, as orientações são a respeito da amamentação, como segurar o bebê, primeiro banho e demais cuidados. Em caso de problemas com a amamentação, o Banco de Leite do HMI é acionado.
“Hoje, nós temos um trabalho com as gestantes para virem conhecer o nosso hospital para a hora de dar à luz. Como funciona, os cuidados, o que a gente pode oferecer para elas, quando não tem enxoval a gente ajuda. Mãe, aqui não é bicho de sete cabeças. Nós somos também mães como vocês estão sendo hoje. Vocês têm que ter confiança na gente. O que a gente pode fazer, faz para ajudar. A dor, você vai sentir, você vai chorar, você vai gritar e nós temos que te apoiar, acalentando e dando força”, explica a enfermeira.
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Aretha Fernandes / Secom PMM