Dia das Mães: Nossa homenagem a estas pessoas que têm mais de um coração
Um coração bate no próprio peito e outros ecoam fora dele, nos filhos. Parabéns, mamães!
Parece clichê falar sobre o amor de mãe, mas a verdade é que ele é incondicional, puro, verdadeiro, sem limites, maior que tudo, doador. Inclusive, essas são algumas das palavras usadas pelos filhos para denominar o sentimento que perpassa a relação.
“Mãe eu te amo. A senhora foi e sempre será a melhor mãe do mundo. Sempre me cuidando e dando carinho e amor. Deu tudo que precisei na minha vida. Sempre querendo o meu melhor. Me deu educação. Te amo mãe”.
As palavras foram escolhidas pelo pequeno Pyetro Gabriel Costa e Silva, 11 anos, para homenagear sua mãe, Vanice Costa, chefe de enfermagem do Hospital Materno Infantil. Ele escreveu uma carta para sua mãe, atendendo solicitação da Prefeitura de Marabá, como forma de reconhecimento a todas as mães pelo desempenho e cuidado aos filhos.
Pyetro é seu único filho que ela chama de “homem de sua vida” e homenageou a mãe com uma carta e uma rosa no auditório do HMI.
Vanice conta que teve o filho cedo e não se sentia preparada, mas tudo mudou quando ouviu seu choro pela primeira vez.
“Foi um susto pra mim. Não me sentia pronta. Era nova, 27 anos, queria curtir a vida. Mas no momento do parto, quando ouvi o chorinho, até hoje me arrepio. Ali nasceu a mãe. Eu chorei e foi um choro que veio da alma, que eu nunca tinha chorado na vida. É muito bom poder compartilhar nossos momentos juntos. São momentos bobos mas que são muito intensos”, comenta.
Vanice comenta que a rotina com o filho é curta devido ao tempo que dedica a outros filhos que nascem diariamente no HMI. “Costumo falar que não sou mãe, porque mãe é um lugar que ninguém tira. Mas tenho vários sobrinhos, de 10 anos a 11 anos. Os meninos crescem rápido e a gente cria esse vínculo. Tenho muitos sobrinhos de coração que fazem parte da nossa vida e que conhecemos aqui”, conta ela.
Ela acrescenta que a sensação de gratidão das mães e crianças é muito especial para ela. “É muito prazeroso aquele contato pele a pele e fazer com que aquele momento seja inesquecível como foi o meu. Pegar um filho no colo pela primeira vez é uma sensação que a gente leva para o resto da nossa vida. Uma sensação maravilhosa. Não tem como falar e não se arrepiar, não se emocionar”.
Mãe e pai
Na maioria das vezes a mãe também é pai. Esse é o caso da servidora municipal Carmelita Nonato da Silva. Trabalhou como garçonete, estagiária, até ser chamada para Secretaria de Gestão Fazendária (Segfaz), onde está há 12 anos. Foi responsável pela criação dos 3 filhos: Thaís Esllem, 29 anos, Lais Horrane, 25 anos e Erison Victor, 21 anos.
“Criei eles sozinho. Levava para o médico, para escola. Corria para trabalhar. Ser mãe é isso”, comenta.
Ela conta que se tornou mãe aos 16 anos e que foi uma experiência difícil, mas muito boa.
“É difícil definir por que é tudo, dar a vida ao filho. Dar educação, passar pra eles uma humildade. Passei por essa experiência e só tenho a agradecer a Deus pelos filhos que tenho. Pessoas do bem e sou muito orgulhosa de todos eles”, acrescenta.
“Somos gratos por ter a senhora em nossas vidas. Você é nosso exemplo, a melhor mãe do mundo. Falar do seu amor não tem como não lembrar da nossa infância simples, mas de amor, carinho, dedicação e vários sentimentos. Onde além de mãe a senhora concedeu o papel de pai. Hoje queremos expressar e agradecer pela sua vida e por ter a senhora conosco.
Mulher encantadora, admirável que sempre cuida de todos nós. Ensinando, aconselhando nos momentos bons, conquistas realizadas e momentos ruins também. Você é uma excelente mãe, avó e profissional. Sua história de vida é exemplo para nossa família e amigos. Amamos você.” Esta foi a carta escrita pelos filhos para Carmelita.
A filha mais velha, Thaís Eslem, engenheira agrônoma, complementa. “A infância foi simples, mas cheia de amor, carinho e cuidado. Infância boa, mãe sempre esteve presente, cuidando de nós e dos meus irmãos. Sempre foi muito protetora, trabalhadora, nos deu conforto e o melhor que ela podia dar. Entendo que foi difícil pra ela por que eu não senti falta, ela fez um papel muito bom na nossa criação, com muita dedicação”, conclui a filha.
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Nathália Costa e Secom