Dia do Consumidor: Procon resolve 70% das demandas recebidas
Neste dia 15 de março é comemorado o Dia Internacional do Consumidor. A data é importante para relembrar a importância do Direito do Consumidor e evitar ações abusivas dos empreendimentos comerciais, que vão desde preço abusivo, falta de informação, atendimento ineficaz ou preconceito, entre outros.
Somente nesse início do ano já foram 398 casos atendidos pelo Procon Marabá. Desses, 28 tiveram a resolução imediata, após a notificação do fornecedor, por meio de negociação dentro do próprio órgão. No restante, foram abertos processos com 30 reclamações já resolvidas e 189 que continuam abertas. O restante dos dados se refere a casos onde a ação foi cancelada pelo consumidor, ou não houve um retorno do consumidor para confirmar ou não a resolução.
“Aqui no Procon considero que temos uma taxa de 70% de resolução dos problemas. Temos trabalhado muito para isso. O consumidor marabaense é prioridade para o Procon. Temos trabalhado tanto na conscientização como na resolução dos problemas”, comenta Zélia Lopes Sousa, diretora do Procon Marabá.
Em 2021, foram 1797 casos. Desses, 192 tiveram a resolução imediata. Além disso, 913 reclamações já foram resolvidas por meio das audiências e 158 continuam estão abertas. A empresa mais reclamada, como em outros anos, foi a concessionária de energia elétrica do Pará, com 522 reclamações, quase cinco vezes mais que a segunda colocada.
Os serviços bancários e de telefonia móvel também estão entre os perfis mais reclamados. Entre as empresas que completam o top 10 de reclamações estão empresas de telefonia, bancos, redes de varejo e um instituto de educação.
O Procon Marabá realiza frequentemente várias ações nos estabelecimentos pela cidade. Neste ano já foram realizadas fiscalizações em supermercados, postos de gasolina, farmácias e academias.
Sobre o caso recente de aumento da procura e de preços realizados pelos postos de combustíveis de todo o Brasil, Zélia faz orientações. “É importante que o consumidor peça a nota, faça imagens e encaminhe. Por aí conseguimos comparar a nota do dia que foi vendido com a nota de recepção do produto, para se verificar se o aumento foi abusivo ou se está de acordo. Somente com a nota conseguimos produzir provas”.
Ela também comenta que está sendo organizada uma ação de campanha no shopping para orientar os fornecedores marabaenses. “Tivemos um caso de uma moça, negra, que foi parada pelo segurança após sair da loja de sapatos e teve a bolsa vasculhada. Ela falou com a gente, entrou na justiça e ganhou. A empresa teve que pagar indenização”, comenta ela, contando sobre a necessidade de se trabalhar a educação e conscientização dos comerciantes em Marabá.
“Fizemos uma cartilha e vamos procurar esses comerciantes, esclarecer, abordar a necessidade de ter um comportamento mais respeitoso e profissional. Tem cliente que pergunta o preço e o comerciante fala “é muito caro”, isso pode constranger o consumidor e são coisas que ainda acontecem. Portanto vemos essa necessidade de alertar e educar sobre esses comportamentos”, pontua.
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Paulo Sérgio