Dia do Disco: Vinil ou Long Play (LP) continua a ser o queridinho dos amantes da boa música
O vinil desenvolvido em meados de 1940 continua a despertar interesses, seja das pessoas que viveram seu auge, seja das pessoas que recentemente o descobriram
Peça de colecionador que ainda atrai a atenção e desejo de muitas pessoas, tem um dia todo especial para homenageá-lo. Neste 20 de abril é comemorado o Dia do Disco, também conhecido como o Dia do Disco de Vinil, considerado um marco na história do entretenimento musical.
O Vinil chamado também de LP (Long Play) foi desenvolvido em meados da década de 1940 e ajudou a criar novos hábitos tanto entre os ouvintes, músicos e produtores musicais. O disco de vinil tornou-se popular em todo o mundo, porém com o surgimento do CD (Compact Disc), em fins dos anos 1980, o vinil aos poucos perdeu sua popularidade até sair quase que totalmente do mercado.
Em Marabá não é muito difícil encontrar quem ainda mantém o tradicional hábito de ouvir as músicas pelo disco de vinil, mesmo com o surgimento de novas tecnologias em relação a reprodução de músicas. Essas pessoas não abandonaram o velho disco de vinil e tampouco as vitrolas.
O repórter e professor Victor Haôr é um desses apaixonados pelo antigo disco de vinil e mantém uma coleção de mais de 300 discos dos mais variados estilos e artistas, que vão desde brega, carimbó, MPB, Dance, Rock e as internacionais que marcaram décadas.
“Sempre me fascinei por música e mesmo quando tinha ainda 14, 15 anos já comprava meus discos nas lojas inclusive MPB que era um estilo que não era comum garotos dessa idade gostar e depois fui comprando mais, porém depois do CD foi acabando o vinil”, relembra.
Victor conta que nos últimos anos voltou a reunir novos discos e adquiriu mais de 200 da família de um amigo que faleceu deixando uma grande coleção. O contador Hebert Vieira, que também era apaixonado por vinil, deixou uma grande coleção de discos que agora fazem parte do acervo do professor.
“O Herbert era um cara apaixonado por música e conseguiu ao longo do tempo reunir uma grande coleção tanto de vinil quanto de CD e depois que ele faleceu o irmão dele perguntou se eu tinha interesse em ficar com os discos e a resposta claro que foi um grande sim, para mim foi uma honra”, enfatiza.
Além do professor Victor, outros amantes do disco de vinil também mantêm uma coleção pessoal como o Advogado Ronaldo Giusti, Genival Crescêncio, Secretário de Cultura; Jackson Gouvêa, produtor cultural e tantos outros. O grupo pretende em julho deste ano fazer um grande encontro dos colecionadores dos discos de vinil.
“Já fizemos um encontro na casa do Jackson no ano passado com poucas pessoas, porém este ano pretendemos ampliar para que mais pessoas possam vir conhecer a coleção e se emocionar, pois o vinil era um presente que emocionava, pois podíamos escrever as dedicatórias às pessoas que amamos”, frisa.
Atualmente, o disco de vinil voltou a ser popular, não pela sua praticidade (visto que os CD’s apresentam superior qualidade sonora, por exemplo), mas pela peculiaridade que o caracteriza.
Os vinis ressurgiram não com a mesma força comercial de outrora, mas como um objeto retrô, destinado principalmente para os verdadeiros amantes da música e desta clássica mídia.
Origem do Dia do Disco
A comemoração do Dia do Disco de Vinil surgiu em homenagem ao músico Ataulfo Alves, que morreu em 20 de abril de 1968. Dez anos depois, em 1978, no Rio de Janeiro, os saudosistas e colecionadores de discos decidiram dedicar esta data para celebrar a sua paixão pelo vinil.
Texto: Secom
Fotos: Nathalia Costa