Dia do médico clínico: Profissionais são essenciais no atendimento nas Unidades Básicas de Saúde
“É um trabalho muito gratificante porque você sabe que são pessoas que realmente precisam e que através do nosso trabalho, através do SUS, conseguimos atender. Às vezes, a gente tem um tempo reduzido realmente. Mas eu procuro, da melhor forma, prestar uma consulta de qualidade. Essa medicina, hoje integrativa, que olha o paciente como um todo, está crescendo cada vez mais, isso que é o mais importante”, Kethury Chaves Bitaraes de Freitas.
O cuidado com a saúde das pessoas é a missão de uma das profissões mais antigas, o médico, responsável por investigar a natureza das doenças e, assim, promover a saúde daqueles que o procuram com queixas e muitas vezes em estado grave. Aliás, dentre as especialidades com o maior número de profissionais atuando está a clínica médica, porta de entrada para o atendimento na rede pública de saúde, prioritariamente na Atenção Primária, inclusive, só no Departamento da Atenção Básica (DAB) são 54 médicos clínicos.
Neste dia 16 de março, o Brasil homenageia esse grupo com o Dia do Clínico. A data passou a ser comemorada desde 2016 em todos os municípios da federação. São mais de 35 mil, segundo dados da Sociedade Brasileira de Clínica Médica.
Ao procurar atendimento clínico na Unidade Básica de Saúde (UBS), os pacientes são encaminhados para o médico generalista, o clinico geral. Está é a rotina da Kethury Chaves Bitaraes de Freitas, na UBS Hiroshi Matsuda, na Folha 11, onde faz atendimentos, há cerca de oito meses. A médica de 35 anos, atua na Estratégia de Saúde da Família. Além do consultório da UBS, as consultas também são realizadas em domicílio.
“E aqui a gente atende diversos tipos de pacientes e também encaminha, quando necessário, para as especialidades. A gente trabalha com pacientes crônicos, pacientes também de queixas agudas, com crianças, idosos, adolescentes”, comenta.
A profissional explica que na medicina de família e comunidade são realizadas ações de saúde, atendimentos com foco preventivo e que o trabalho é feito em equipe, com ajuda de os outros profissionais de saúde, a exemplo dos enfermeiros e Agente Comunitário de Saúde – ACS. Para ela, que escolheu a profissão por considerar um trabalho humano, a recompensa é a possibilidade de ajudar a quem precisa, principalmente na rede pública.
“É um trabalho muito gratificante porque você sabe que são pessoas que realmente precisam e que através do nosso trabalho, através do SUS, conseguimos atender. Às vezes, a gente tem um tempo reduzido realmente. São muitos pacientes. Mas eu procuro, da melhor forma, prestar uma consulta de qualidade. Abrangendo de forma integrativa esse paciente e as queixas também. Essa medicina, hoje integrativa, que olha o paciente como um todo, está crescendo cada vez mais, isso que é o mais importante”, ressalta.
A clínica realiza uma média de 18 atendimentos diários e encara a missão com motivação, conciliando trabalho e estudo. Kethury tem utilizado o atendimento no SUS como uma oportunidade de crescimento profissional, já que faz especialização por meio de um programa do Governo Federal.
“Na medicina da família e comunidade, a gente conhece o paciente, sabe as dificuldades, não só da queixa principal, mas de todo o contexto. Então passamos a conhecer bastante o paciente, a comunidade onde ele está inserido, a família, enfim, todos os problemas também que afligem o paciente”, descreve a clínica.
O gerente da UBS Dilceu Barroso, onde Kethury presta atendimento, destaca a importância da especialidade clínica dentro da rede municipal de saúde. Só a UBS Hiroshi Matsuda, atualmente, conta com cinco médicos clínicos, sendo três da Estratégia Saúde da Família e dois assistenciais.
“O médico tem um peso fundamental no atendimento dos pacientes que buscam a Unidade Básica de Saúde que é a porta de entrada para o primeiro diagnóstico do paciente e encaminhamento, posteriormente, para um especialista. Também é quem faz o acompanhamento do paciente pós-tratamento dentro da unidade de saúde. O clínico na Estratégia Saúde da Família faz as visitas domiciliares, prestando atendimento aos pacientes com dificuldade de locomoção. Lá é feita a consulta, as receitas, os encaminhamentos para exames e consultas especializadas”, esclarece.
Sobre Kethury, o gerente enfatiza a dedicação e responsabilidade com que a médica tem realizado o trabalho na unidade. “A doutora Kethury é uma profissional que atende os pacientes com carisma tem um bom contato com a comunidade. Um atendimento clínico de excelência na área de cobertura da UBS”, elogia.
No Dia do Clinico, a Prefeitura de Marabá, por meio da Secretaria de Saúde, agradece a todos os profissionais pela dedicação nos atendimentos aos munícipes, seja nas UBS’s, ações estratégicas e hospitais, bem como, nos demais departamentos onde estão lotados no município.
Texto: Leydiane Silva
Fotos: Sara Lopes