Doação de Sangue: Amor e solidariedade em família
Nesta quinta-feira, 25, o país inteiro celebra o Dia Nacional do Doador de Sangue. A data existe para agradecer as pessoas que se dedicam a doar, mas também é uma forma de sensibilizar a população acerca da importância desse ato de amor e solidariedade, como faz a família Miranda Cortez, aqui de Marabá. Ao longo de muitos anos, pai, mãe e filho se dedicam à causa.
De tipo sanguíneo raro, O negativo, esta semana, o servidor público aposentado Edvaldo Miranda Cortez, acompanhado da esposa Alzenira, procurou o Hemopa de Marabá para fazer o que já faz parte da programação dele anual, há 25 anos. Foi o primeiro a se tornar doador de sangue na família, a decisão veio num momento difícil da vida, quando a mãe precisou de uma transfusão.
“Não passava pela minha cabeça ser doador de sangue, mas quando a dor chega na porta da gente, nos ensina a gemer. Quando a minha mãe teve de fazer uma cirurgia de câncer uterino precisou de sangue, aí senti a necessidade, desde aquele acontecido, me tornei um doador”, relata o aposentado.
Com Alzenira Cortez, 54 anos, aconteceu diferente. A artesã doou sangue pela primeira vez há 15 anos, quando conheceu a necessidade do Hospital Regional durante campanhas das quais participou como artesã. A atitude foi motivada pelo desejo de ajudar ao próximo.
“Nunca teve um motivo muito grande, a não ser o desejo de ajudar. Eu me sinto muito bem em ter saúde pra ajudar alguém. É um privilégio compartilhar com outras pessoas, para que elas tenham saúde também. Tem um caso de uma pessoa que eu nem conheço, mora numa roça, ela pegou o meu contato e falou que precisava de sangue, porque iria operar. Eu prontamente vim. Até hoje nós falamos por WhatsApp”, comenta.
Com exemplos em casa, Hilquias Cortez, 29 anos, se tornou doador na primeira oportunidade, num ingresso na Universidade Estadual do Pará (UEPA), em um trote solidário, aos 18 anos, desde então, a doação acontece ao menos a cada seis meses.
“Descobri que meu sangue é negativo [O negativo], é raro, doador universal e acabei ganhando gosto pela coisa e continuei doando regularmente. Acho que doação, é algo muito com o bem pessoal, você sentir que estava fazendo o bem por alguém que você muitas das vezes nem conhece, mas seu sangue tá salvando uma vida, ajudando alguém que está numa situação difícil em relação à saúde”, observa o engenheiro ambiental.
Hemocentro de Marabá estará de portas abertas, excepcionalmente, no sábado, dia 27.
Aumentar o estoque de sangue é uma missão diária dos hemocentros pelo Brasil afora e como parte da programação pelo Dia Nacional do Doador de Sangue, o Hemopa estará de portas abertas, neste sábado, 27, das 07 às 15h. Segundo Regiane Izaías, gerente do Hemopa de Marabá, por lá, têm sido coletadas uma média de 690 bolsas por mês para atender a todos os municípios da região.
“A doação é importante porque o sangue é insubstituível. Ele não pode ser fabricado, não pode ser substituído por outro produto. Então, as pessoas que estão nos hospitais precisando de sangue, elas dependem da boa vontade das pessoas em comparecer ao hemocentro para fazer doação. Trabalhamos diariamente na busca de doadores, pra que a gente esteja sempre com o estoque abastecido”, enfatiza a gerente.
Para se tornar um doador de sangue, basta comparecer ao hemocentro, de segunda a sexta-feira, portando documentos oficiais com foto, estar bem de saúde e ter idade entre 16 anos e 69 anos. Vale ressaltar que os menores de idade precisam estar acompanhados dos pais. É preciso ainda, ter tido um boa noite de sono, alimentado e pesar no mínimo 55 quilos. “O tipo de sangue não importa, o seu tipo vai salvar até 4 vidas”, reforça Regiane.
Serviço
O Hemocentro de Marabá fica localizada na Rodovia Transamazônica, 251, Agropólis do Incra, ao lado da Câmara Municipal de Marabá.
Telefone: 94 3312-9150
Texto: Leydiane Silva
Fotos: Paulo Sérgio