Educação: Alunos da rede municipal fazem avaliação de aprendizagem para a prova Brasil
Os 7 mil alunos serão avaliados com o objetivo de preparar estudantes do Fundamental para a Prova Brasil, que compõe o IDEB.
Nesta terça-feira, dia 16, a Secretaria Municipal de Educação realizou avaliação diagnóstica em rede, aplicada para alunos do 5º e 9º ano do ensino fundamental das escolas municipais urbanas. No total, 7.160 estudantes participaram da aplicação da avaliação.
Segundo o diretor de Ensino Urbano da Secretaria Municipal de Educação, Fábio Rogério Gomes, foram adotados dois critérios de aplicação de avaliação na rede, sendo um para os anos pares e outro para os ímpares. No primeiro caso, serão selecionadas entre alunos do 1º ano 9º ano turmas específicas, enquanto nos ímpares – que são anos de avaliação externa no País – é aplicada uma avaliação com foco na Prova Brasil.
Em 2019, observa Fábio Rogério, serão aplicadas três avaliações diagnósticas, e nesta terça-feira foi realizada a primeira rodada do ano, em junho ocorre a segunda e a terceira em setembro. “A quarta rodada já será a própria avaliação do MEC”, antecipa.
Com a avaliação diagnóstica, a SEMED pretende instrumentalizar os estudantes da forma que farão a avaliação, seguindo os mesmos critérios da Prova Brasil, com o número de questões, metodologia de TRI (Teoria de Resposta ao Item), tempo de duas horas e meia e o professor regente da turma não pode ser o aplicador da prova.
Quatro dias depois que a escola aplicar a prova, a gestão local vai tabular os dados obtidos a partir de instrumento previamente definido, colocando a relação nominal dos alunos, o número de questões que acertou de língua portuguesa, de matemática e quais os descritores teve mais dificuldades e facilidades.
Esses dados serão encaminhados para a SEMED, cujos técnicos farão várias análises, mapeando as escolas e alunos que sentem mais dificuldades. Em seguida, todas as escolas serão reunidas por polo, com a participação de seus diretores, coordenadores pedagógicas e professores regentes das turmas que foram avaliadas. “Nesse momento, vamos apresentar o resultado final, mostrando como os alunos se saíram, criando um momento de relato de experiências das escolas para montarmos um plano de intervenção para as escolas”.
Uma das ferramentas dessa intervenção, segundo Fábio Rogério, é a criação, nas escolas, de um período intensivo de aprendizagem, disponibilizando para os alunos que tiveram mais dificuldades um banco de questões para serem aplicadas em tarefas de casa, atividades no contraturno, entre outras estratégias.
Paralelo a esse trabalho com alunos, a SEMED fará oficina de formação com os professores, identificando estratégias para focar nos descritores em que os alunos tiveram mais dificuldades. Com isso, na segunda rodada de avaliações, em junho, será possível mensurar se os estudantes evoluíram em suas dificuldades.
Com essa avaliação diagnóstica, diz Fábio, a Secretaria Municipal de Educação conseguirá realizar um monitoramento do processo ensino aprendizagem nas escolas, com o objetivo de melhorar o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação) da rede municipal de ensino.
Ele lembra que em janeiro deste ano, todas as escolas definiram uma meta para o IDEB, internamente batizada de “Idebezinho”, que deveria ser igual ou superior ao estabelecido pelo próprio Ministério da Educação para cada unidade escolar. “Essa avaliação diagnóstica é um termômetro para mensurarmos se a escola está se aproximando, ou não, da meta que ela mesma constituiu”, pondera.
Por fim, Fábio Rogério explica que a aplicação da avaliação é discutida com a Fundação Lemann, uma instituição de renome internacional que desde o ano passado dá suporte pedagógico para a SEMED sem nenhuma contrapartida financeira da Prefeitura de Marabá.