Educação: Alunos e professores de Marabá são premiados na XIII Mostra Brasileira de Foguetes
Quatro alunos e dois professores de Escolas Municipais de Marabá voltaram do Rio de Janeiro com medalhas de ouro e troféus nas mãos, como premiação pela participação na XIII Mostra Brasileira de Foguetes, competição que faz parte da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), realizada na cidade de Barra do Piraí. Os alunos conquistaram o troféu de vice-campeão. Isso significa que eles estão entre os competidores que melhor construíram suas bases de lançamento e foguetes.
A escola José Cursino de Azevedo, localizada na Folha 10, Nova Marabá, foi representada pelos alunos Keviny Iury, Marcia Jaine e Karoliny de Jesus, além da professora de ciências, Rosilda de Albuquerque. De acordo com a professora, ela começou a trabalhar os alunos da escola após participar de capacitação no Encontro Regional de Astronomia (EREA), realizado no primeiro semestre do ano, em Marabá.
Para participar da mostra os alunos passaram por uma oficina de confecção de foguetes utilizando como material principal a garrafa pet. Eles também fizeram uma prova escrita. Cerca de 30 alunos da escola José Cursino, das turmas do 8º e 9º ano fizeram o processo, inclusive receberam premiação de medalhas de prata e bronze, mas apenas o trio conseguiu viajar para participar da jornada. A professora contou ainda que se surpreendeu com a seleção dos alunos para a mostra de foguetes.
“Quando a gente fez, a priori seria só para cumprir com a questão da OBA. Conseguimos realizar as oficinas, conseguimos lançar, mandar os dados dentro do prazo previsto. Então quando veio a seleção dos meninos fiquei muito feliz”, comenta Rosilda.
A estadia no Rio de Janeiro aconteceu entre os dias 09 e 13 dezembro e teve todo o apoio da Prefeitura de Marabá, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed). Uma experiência inesquecível para os alunos.
“Eu não sabia que era possível uma garrafa pet voar. E aprendi isso nas oficinas. Houve muita socialização lá com as pessoas. Aprendemos de uma forma divertida a fazer uma coisa que seria quase impossível”, ressaltou Karoliny de Jesus, estudante do 9º ano.
Na escola João Anastácio de Queiroz, localizada na Folha 16, o aluno Daniel Santos, também passou pela seleção e comemorou a conquista. Ao lado do professor de geografia, Jeús Torres, o adolescente lançou o foguete com sucesso rendendo a ele a premiação.
“Essa chance que eu tive nem todo mundo tem. Foi uma experiência maravilhosa, pude conhecer outras pessoas, outros sotaques. Pude desfrutar dos outros trabalhos e pegar mais experiência”, enfatizou Daniel, aluno do 8º ano, que pretende participar nos próximos anos.
Para o professor Jeús, a “teoria” transformada em “prática” é o maior estimulante para o interesse dos alunos em participar do evento. “É uma oportunidade imensa, porque ele deixa a teoria de lado e parte para a prática, a nível nacional. É como se abrisse uma janela pra vida dele. A gente não tem esse tipo de evento na escola. É muito motivador, porque a gente vê a importância do processo do ensino-aprendizado no real”, destaca o professor.
Texto: Leydiane Silva
Fotos: Divulgação