Educação: Escola CMRio comemora bons resultados em 2023
Ao longo dos anos, o Colégio com Supervisão Militar Rio Tocantins (CMRio) apresenta aumento no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB)
Para uma educação de qualidade e com objetivos de elevar os índices que avaliam o desempenho escolar em nível nacional é preciso muita dedicação, organização, disciplina e foco. Nos últimos três anos, o Colégio com Supervisão Militar Rio Tocantins (CMRio) conquistou ótimos resultados educacionais com as mudanças realizadas ao longo deste período.
A escola criada no ano de 1997 com o nome de Escola Rio Tocantins CAIC (Centro de Apoio à Criança e ao Adolescente) oferecia diversos serviços à população, dentre eles, creche em horário integral, Centro de Saúde (Hoje UBS Hiroshi Matsuda), Escola de Nível Básico e a Biblioteca Estudantil Frederico Morbach.
Localizada em um bairro periférico, o espaço tinha a proposta de levar serviços de Saúde e Educação para a população mais vulnerável. A Folha 13, na Nova Marabá, foi escolhida para receber o projeto em razão dos índices de violência e falta de assistência à comunidade local.
Em 2018, foi implantado um novo projeto na escola que transformou-a no Colégio com Supervisão Militar Rio Tocantins (CMRio), com parceria entre Prefeitura de Marabá e Governo do Estado, através do 4º Batalhão de Polícia Militar. Coube a Prefeitura estruturar o espaço físico e fazer a aquisição dos uniformes de alunos, tanto do Ensino Fundamental quanto do Ensino Médio.
Neste ano de 2023, a professora Gilda Rios assumiu a direção da escola e destaca as relevantes mudanças ocorridas na escola e na comunidade com a implantação do projeto.
“Eu cheguei aqui esse ano, sabemos que tem um histórico no bairro e qual a importância do projeto. É um projeto que foi acolhido pela comunidade, pelos servidores que estão aqui desde 2018 e que traz resultados. Hoje, a comunidade escolar sai para fazer atividades fora da escola, atletismo e corrida. O esporte é um dos grandes carros-chefes no colégio, com o atletismo, a corrida de rua e o jiu-jitsu, para os alunos do colégio, mas acabamos atendendo os irmãos dos alunos, que ainda nem são nossos alunos, mas que vêm aqui, que já frequentam para participar do esporte”, destaca a educadora.
No Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), a escola cresceu muito nos últimos anos. “O IDEB vem melhorando a cada ano. Em 2017, o IDEB era 3.4, o colégio foi implantado no segundo semestre de 2018 e o último IDEB foi para 5.4 dentro do Município e no Estado também, de 3.4 para 4.5. Então, é um todo. Eu não consigo visualizar o CMRio apenas como rede municipal. A gente consegue entender o desempenho dos alunos desde o sexto ano até o terceiro ano. No final de semana, nós fizemos a formatura de 138 alunos do Ensino Médio, que, para a gestão municipal, não tem nenhuma diferença, são alunos do município”, comenta a professora Gilda Rios.
As mudanças causam um impacto positivo na vida dos alunos que já começam a alimentar o sonho para tornarem-se bons profissionais, como a aluna do sétimo ano, Ana Beatriz Coutinho, que tem como objetivo na vida tornar-se médica.
“Os professores ensinam muito bem. Gosto da estrutura da escola também. As matérias que eu mais gosto são as de Estudos Amazônicos e Geografia porque os professores são amores de pessoas e eu quero fazer Medicina”, diz.
Já o Arthur Moreira,12 anos, gosta da disciplina da escola.
“Eu melhorei um pouco a minha disciplina e é o que me impulsiona a ficar aqui, porque tem várias opções que nas outras escolas não tinha. Aqui tem Robótica, e outras coisas. Tem jiu-jitsu e um monte de esportes. Em outra escola não tinha nada disso. Isso melhora também o aprendizado”, comenta o jovem Arthur.
Ryan Thallis Lima, 14 anos, elogia o respeito aos professores.
“Gosto das regras da escola, das atividades esportivas e também do respeito aos professores que aprendemos aqui, gosto muito da escola”, comenta.
A supervisão militar é um dos diferenciais do novo modelo de gestão da escola que envolve os alunos e os resultados são vistos no desempenho escolar. A vice-diretora Amanda Foro destaca a parte cívica da escola.
“Além da parte educacional, um ponto muito importante que a gente tem aqui é a cooperação da supervisão militar. Então, diariamente, nós temos sete supervisores militares que fazem esse acompanhamento dos alunos. A parte cívica da escola fica relacionada à responsabilidade deles, algo de extrema importância para a aprendizagem dos alunos”, pontua.
Texto: Victor Haôr
Fotos: Paulo Sérgio