Semed: Mediadores auxiliam no desenvolvimento de alunos da Educação Especial
“O trabalho é excelente. Ele já estudou em escola particular e a experiência está sendo melhor aqui em relação à dificuldade dele. Está bem assistido, o trabalho é excelente. Já desenvolveu bastante, está lendo e escrevendo direitinho. Deu pra sentir essa melhora”, pai do aluno Miguel.
Há um ano, o Miguel Maicon Soares, de 5 anos, iniciou as aulas no Núcleo de Educação Infantil (NEI) Marluse Ferreira da Silva. Lá, ele pode contar com todo o atendimento especializado para a condição de autista. Com auxílio de mediadora, cuidadora, estagiária e dos recursos necessários para o desenvolvimento escolar.
A Claudiane Miranda Senna é uma das profissionais responsáveis pelo desenvolvimento do Miguel. Ela atua como mediadora. “O trabalho do mediador acontece em parceria com professor e outros profissionais. O planejamento é feito de acordo com as limitações de cada criança no processo de desenvolvimento da coordenação motora, cognitiva e oralidade”, explica.
Ela conta que acompanha oito crianças uma vez na semana e é a responsável pelo desenvolvimento dos materiais adaptados para o aprendizado da criança. “Atuamos na produção do material e vamos para a de aula comum, com esses materiais e atividades adaptadas. Conseguimos observar o grande avanço das crianças quando têm acesso a esse material adaptado”, complementa.
O pai do Miguel, Rodolfo Soares da Silva, conta que está feliz em ver o desenvolvimento do filho após iniciar as aulas no NEI. “O trabalho é excelente. Ele já estudou em escola particular e a experiência está sendo melhor aqui em relação à dificuldade dele. Está bem assistido, o trabalho é excelente. Já desenvolveu bastante, está lendo e escrevendo direitinho. Deu pra sentir essa melhora”, comenta o pai.
A coordenadora do Departamento de Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Thais Mendes, conta que atualmente há cerca de 200 alunos sendo atendidos por mediadores na rede municipal. Mais de 300 alunos são atendidos pelos cuidadores.
“Os cuidadores são para aqueles alunos que estão bastante comprometidos. Alunos que precisam de auxílio na alimentação, na mobilidade, na higiene, aí tem esse profissional para dar o suporte para os alunos com deficiência que apresenta esse tipo de comprometimento”, explica.
A Simone Pereira Marques de Carvalho é cuidadora da Escola Cristo Rei. “Eu fico pelo pátio e auxilio eles em atividades do dia a dia, para se locomover, para dar conta de necessidades básicas. Aqui, na Cristo Rei, temos dois alunos que precisam desse cuidado. É de suma importância o trabalho do cuidador, porque a gente garante a frequência do aluno e a permanência deles na escola”, complementa.
Além disso, a rede conta com cerca de 700 estagiários que dão suporte a esses estudantes. A Samara Silva, estuda pedagogia há um ano e agora auxilia no cuidado do jovem Kaleb, na escola Cristo Rei. Ela conta que com o tempo desenvolveu uma de rotina de confiança com o estudante.
“Kaleb é autista severo, ele se irritava facilmente, mas acabamos criando uma relação. Compreendo ele, sei a rotina. Todo dia, quando chego, ele me pede água, pede pra abotoar a camisa. Ele só quer eu, se for outra pessoa não aceita. Às vezes, ajudo ele na sala de aula com as atividades. Ele gosta de interagir na quadra e jogar bola. Uma vez joguei com ele e também virou da nossa rotina. É um trabalho muito importante de inclusão que estamos desenvolvendo”, conclui.
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Sara Lopes