Educação: Naetea encerra Colônia de Férias com uma confraternização
Quinta-feira, 13, de muita alegria e diversão para as crianças do Núcleo de Atendimento Especializado para Alunos do Espectro Autista (Naetea). Isso porque foi realizada a confraternização que encerrou a programação da Colônia de Férias para os alunos do órgão. A Colônia de Férias durou 13 dias e contemplou cerca de 30 alunos.
Segundo a coordenadora do Naetea, Ângela Borges, a ideia do projeto veio para integrar a nova equipe clínica do núcleo aos alunos.
“A ideia veio através do atendimento de uma criança com a equipe clínica que começou a atender há 3 meses e as crianças não queriam entrar na sala com a equipe clínica, com a terapeuta ocupacional e com o psicólogo, então eles choravam. Pensando nisso, quis criar esse vínculo afetivo e fiz a Colônia de Férias com a equipe clínica, enquanto o pedagógico está de férias”, explica.
Durante a colônia foram realizadas brincadeiras e trabalhos de seletividade alimentar com frutas, trabalho sensorial de funções executivas, memória de trabalho, defesa tátil com as crianças que não gostam de receber contato físico.
“Tivemos trabalho com as irmãs da igreja, com as crianças, música, terapeutas. Um trabalho efetivo, procurando saber e atender qual dificuldade que nosso paciente apresenta. Uma visão mais ampla, utilizando todas estratégias para melhorar o atendimento do nosso usuário”, completa Ângela.
Para a confraternização de encerramento foi disponibilizado uma sala sensorial para crianças com dificuldade mais severas, onde haviam desenhos, livros, pinturas e um ambiente mais escuro e calmo. Também foi disponibilizado o Fit Dance, para as crianças que além do autismo sofrem de TDH e são mais agitadas. Além da piscina e almoço para as crianças e familiares.
“Escolhemos um local aberto, com piscina e convidamos as famílias para agregarmos ainda mais os vínculos”, completa.
Mara Lúcia, mãe do pequeno Adrio Arruan, 13 anos, comemorou a oportunidade de participar do evento com o filho.
“A colônia está sendo maravilhosa porque é uma oportunidade dele conviver com outras crianças; devido ao autismo, ele não costuma ser chamado para as festinhas. Aqui não, ele pode vir, com outros pais, mães e crianças. Está sendo maravilhoso”, destaca.
Ela também ressalta que tem sentido a melhora no filho com o trabalho realizado pelo núcleo. “Melhor coisa que aconteceu foi ele ter sido chamado esse ano, ele realmente necessita do acompanhamento para se desenvolver e tenho sentido muito essa melhora no dia a dia”, completa.
Vanessa Kelly, mãe de Ana Beatriz, também celebra as oportunidades que surgiram com o surgimento do Naetea.
“Para nós foi maravilhoso, porque é muito bom ver minha filha feliz, ela participou a semana toda. Feliz de poder participar das atividades do Naetea porque percebo a felicidade dela. Vejo a evolução dela gradativamente. Na comunicação, no aprendizado. Ela não tem só o TEA, ela tem outras deficiências que atrapalham o desenvolvimento”, acrescenta.
Ela garante que quando houver outras confraternizações e colônias de férias irá participar novamente. “Se tiver outros eventos com certeza voltarei. Sempre participamos de tudo, porque para eles o círculo de amizade é reduzido. Esses eventos fazem a felicidade deles para conversarem e interagirem com quem tem a mesma dificuldade deles”, complementa.
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: P. Sérgio