Educação: Programa Marabá Leitora trabalha formação de professores da sala de leitura
Além de promover contação de histórias e festival Matinta Perera, participar da Mostra de Educação e Feira do Livro, o Programa Marabá Leitora, da Secretaria Municipal de Educação (Semed) trabalha a formação de professores da sala de leitura, aliás, isso é a mola-mestra do projeto. Atualmente, o município possui 84 escolas com sala de leitura, cujo objetivo é o fomento do desenvolvimento da comunidade escolar.
Marluce Caetano, coordenadora do Programa Marabá Leitora, esclarece que mensalmente os professores da sala de leitura participam de formações através de oficinas com escritores, ciranda de leitura e ainda contação de histórias. Após essa formação, os professores adequam seu planejamento ao da escola. “Temos escolas de Ensino Infantil, do 1º ao 5º ano, e de 6º ao 9º ano, também em parceria com escolas vizinhas do bairro, que montam seu planejamento visual”, ressaltou.
Além disso, o programa Marabá Leitora possibilita encontros, os integrantes participaram da Mostra de Educação, do desfile cívico de 7 de setembro, e outros eventos que a Semed faz parte. Durante este ano, a programação do Marabá Leitora será um pouco diferente, ao invés de formação durante todos os meses, os eventos serão intercalados com visitas pedagógicas. “Quando vamos a uma escola, por exemplo, observamos a necessidade do acervo de livros nas escolas, pintura das salas de leitura, adequação do professor, se ele está fomentando a leitura daquela comunidade escolar, entre outras coisas”, disse Marluce.
O programa também abriu espaços de leitura em lanchonetes e hospitais. A novidade é que este ano, haverá de 25 a 27 de outubro, a Flima (Festa Literária Internacional de Marabá). “Vamos conglomerar todas as escolas, no Bairro Francisco Coelho, na Marabá Pioneira, com participação de Dan Baron [do Projeto Rios de Encontro], Secult, Cine Marrocos, FCCM, todas as entidades que incentivam a leitura em Marabá para formatar a Flima”, revelou.
CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS
Em relação a contação de histórias, Marluce lembra que quando um professor caracteriza um personagem de um livro, é muito mais fácil o aluno gostar e desejar ler o livro. “Quando o professor tenta mediar a leitura para o aluno, é muito mais fácil a criança gostar e se sentir estimulada a buscar o livro na estante. A contação de histórias é a ponte entre o professor – livro – leitor”, explicitou.
Marluce chama atenção para estimular a leitura desde a criança no útero da mãe ou no berço, até mesmo contando própria história de vida para o bebê. “Não há coisa mais bela. É importante a criança ouvir histórias por meio da voz de seus ancestrais”, ressaltou a professora.
Durante as apresentações as professoras costumam se trajar de personagens da literatura, como Maria bonita e lampião, casal de prenda, lendária boiúna e Matinta Perera.
“O Programa Marabá Leitora é de grande relevância para a comunidade marabaense pois busca despertar e incentivar o gosto pela leitura. Os causos, lendas, história de encantamento e assombração despertam a sensibilidade dos nossos ‘pequenos leitores’ que com encanto e magia aprendem a história dos seus antepassados de maneira prazerosa, através da contação de histórias”, ressaltou a professora Leila Dias Uszynski, da Escola O Pequeno Príncipe.
Texto: Emily Coelho
Fotos: Divulgação