Semed: Jornada Pedagógica voltada para Educação Especial tem agenda específica para o desenvolvimento social
A Secretaria Municipal de Educação de Marabá (Semed) realizou mais uma etapa da Jornada Pedagógica 2023 que este ano tem como tema “A leitura e a escrita como construtores do desenvolvimento social”. Desta vez, voltada para os profissionais que atuam na Educação Especial do município, a programação foi realizada na Escola Municipal Tereza Donato e organizada pela Coordenação de Educação Especial da Semed tendo como eixo “O letramento de alunos com deficiência no contexto social”.
A jornada aconteceu nos dias 17 e 18 para 180 profissionais que trabalham com estudantes com deficiência. Entre os participantes estavam professores, pessoal de apoio e mediadores, tanto das salas de recursos do ensino comum, como também do Centro de Apoio Pedagógico à Pessoa com Deficiência Visual (CAP), Centro Especializado a Área da Surdez (CAES) e Núcleo de Atendimento Educacional Especializado ao aluno de Espectro Autista (NAETEA).
Os profissionais foram divididos em quatro grupos para receberem a formação a fim de compreenderem as limitações e potencialidades dos 1.333 alunos com deficiência que são atendidos na rede municipal.
“O professor é orientado a fazer as intervenções corretas para que ele possa vir potencializar as habilidades que o aluno com deficiência venha apresentar tanto na sala de recurso, quanto no ensino comum”, explica a coordenadora da Educação Especial da Semed, Thais Martins.
Uma das responsáveis pela formação foi Cinthia Regina de Souza, que trabalha há quatro anos na Coordenação de Educação Especial da Semed.
Entre as atividades realizadas com os profissionais houve uma entrevista com um aluno com deficiência que estuda na rede municipal. A partir disso, os profissionais puderam compreender mais os desafios e perspectivas para a Educação Especial.
“Há grande necessidade desses alunos serem letrados para sua construção social, para que eles possam adquirir autonomia, independência em se locomover, em desenvolver uma atividade como trabalhar, negociar. Ter a independência de ir até onde querem, pegar um ônibus mesmo sem saber ler”, destaca a formadora.
Isso ocorre porque dependendo da deficiência, alguns alunos podem não aprender a ler. No entanto, isso não significa que esses alunos ficarão isolados, pelo contrário, a Jornada Pedagógica busca justamente compartilhar ferramentas para que os profissionais auxiliem esses alunos a terem autonomia.
Josielma Carvalho trabalha há dez anos na sala de recursos e atendimento especializado da Escola Municipal Geraldo Veloso, no bairro Belo Horizonte.
A professora destaca a importância da formação principalmente em trazer a discussão sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para a realidade da educação especial, por exemplo.
“A formação continuada é muito importante. É importante para o professor que está na sala de aula porque a educação está em transformação e cada deficiência tem a sua especificidade. A formação ontem e hoje está trabalhando a BNCC, a questão da alfabetização e do letramento, para que no ensino comum se concretize. Que o aluno do nosso público-alvo da Educação Especial seja alfabetizado e letrado”, pontua a professora.
Quem também participou da Jornada Pedagógica foi Maria José Lopes. Ela trabalha como mediadora na Escola Municipal Professor Raimundinho com estudantes do 2°, 4° e 8° anos. O trabalho da mediadora é auxiliar na autonomia dos estudantes durante o período na escola.
“Está sendo válido porque conhecimento sempre é bem-vindo. A formadora que está conosco é muito dinâmica. Está sendo bacana porque a gente está vendo todas as questões, como a gente vai atuar esse ano, quais as mudanças, o que vamos fazer”, observa Maria José Lopes.
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Paulo Sérgio