FCCM: Entardecer no Museu traz musicalidade da Cultura Afro
O pôr do sol desta sexta-feira, 22, ficou ainda mais bonito com o Sarau do Entardecer no Museu Francisco Coelho que contou com muita música e poesia. A programação faz parte da 17ª Primavera dos Museus “Memórias e Democracia: Pessoas LGBT+, Indígenas e Quilombolas”.
A ação acontece em nível nacional, por meio do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), e visa oferecer oportunidades para reflexões sobre a construção da democracia e seus agentes.
“A proposta do entardecer é promover o que a gente já está promovendo nessa 17ª Primavera dos Museus, a temática da memória, da democracia, juntamente com a questão da democracia museal. Convidar o público para que a gente consiga refletir toda essa questão dos quilombolas, das questões indígenas, das pessoas LGBT+, dentro do contexto dos museus. É muito importante para a população conhecer dessas populações e a inclusão, a diversidade, dentro e fora dos museus”, explica Emily Paiva, educadora museal e uma das organizadoras do entardecer.
Enquanto o professor e músico Carlos Tadeu Xavier dava um show de musicalidade no palco, junto com seus convidados da Fundação Casa da Cultura (FCCM), pessoas que passaram pelo local foram atraídas pela bela música e ritmos de batuque que ecoavam nos arredores.
Uma delas foi a professora Francisca Pinto, que sempre gostou desse tipo de evento e encostou para apreciar. “Estou achando excelente. Eu ia passando por aí e de repente ouvi um sonzinho longe. Aí pensei: deixa eu ir ali enriquecer meu vocabulário. Eu gosto de arte, cultura, poesia, me chamam bastante a atenção. Na minha escola, eu sempre participo, incentivo os alunos a participarem, seja na leitura, declamação da poesia, enfim, na busca pelo conhecimento”, declara.
A também professora Mayara Lima passeava com a filha, quando viu um movimento no museu. Ela mora há pouco tempo na vizinhança e sempre que tem oportunidade, participa dos eventos por perto.
“Música eu sempre gosto, Marina também. Eu gosto de colocar ela para ouvir música. Ela ficou ouvindo o cantar, entramos e estamos aqui apreciando o movimento. Sou professora e a gente é imersa nesse movimento. Hoje, a cultura realmente está um pouco desapercebida por muitas pessoas e quando tem esse momento eu me sinto muito à vontade em participar”, garante.
A banda que acompanhou o cantor caracterizou-se com roupas no estilo africano, abordando um dos temas trabalhados, bem como o repertório, que também foi inspirado na cultura afro.
“É uma grande novidade para nós apresentarmos algo que vem da nossa raça, para defender a nossa comunidade negra, como o nosso professor Carlos trouxe para nós. Ele teve essa brilhante ideia de trazer isso para as pessoas verem”, pontua o músico e estudante de Educação Física, Carlos Henrique Gomes.
Serviço
o Museu funciona de terça a sexta, de 9 às 17 horas e sábado e domingo, de 9 às 13 horas. Entrada gratuita.
Mais informações no Instagram do museu
Texto: Fabiana Alves
Fotos: Sara Lopes