Esporte: Um rolê de equilíbrio e performances sobre fitas chamado Slackline
Uma grande fita elástica ancorada e presa nos troncos das árvores da Praça Monsenhor Baltazar, na Folha 16, Nova Marabá, se tornou um lugar de manobras, saltos e giros de tirar o fôlego. O nome do esporte é Slackline, é difícil de falar, mas bonito de ver e o “rolê” tem inúmeros benefícios para o corpo e mente.
Após um momento de alongamento, a professora de Educação Física, Hilda Maria, sobe na fita de aproximadamente cinco centímetros de largura, respira fundo e num exercício de muita concentração e equilíbrio, dá início a manobras. Olhar fixo, levanta uma perna aqui, estica a outra ali e os braços ajudam a dar equilíbrio.
A concentração é um dos principais pontos excepcionais nesse esporte. “É um esporte de equilíbrio, que envolve muita força e concentração. Quando a gente sobe não tem como pensar em outra coisa que não seja a fita. Então a gente exercita a concentração. Automaticamente o cérebro vai sendo treinado a se concentrar em todas as outras áreas da vida”, conta.
Entre os benefícios da prática do esporte para o corpo, ela cita a força, equilíbrio, além do foco, respiração e o lado social, pois o local já virou o point da galera do slackline, skate, ginástica de mulheres e outras atividades. “A gente sai da rotina e consegue fazer novas amizades”, acrescenta Hilda Maria.
O Grupo Marabá Slackline está ativo desde 2015, com cerca de 30 participantes. Os treinos ocorrem aos domingos e também em dias combinados durante a semana, através do grupo do WhatsApp.
Jessica Vieira, de 29 anos e o filho Enzo Gabriel de 6, entraram no grupo há pouco tempo. Ela foi convidada por um amigo, resolveu conhecer o esporte e logo no primeiro dia já se identificou. “É um hobby novo. Estou gostando muito, trabalha a coordenação motora tanto minha quanto do meu filho, é muito bom para desestressar também. Ele está gostando muito, é como se fosse uma terapia pra ele. Um estímulo pra nós dois”, comenta.
O material utilizado para a prática da modalidade é a fita e a catraca, instrumentos que ficam ancorados em dois pontos fixos, geralmente duas árvores. Na fita mais alta, chamada trickline, são feitas manobras mais radicais com pulos e giros de tirar o fôlego.
Um dos praticantes dessa abordagem é o cabeleireiro Ricardo Sousa Vieira, de 23 anos. Ele já pratica o esporte há 5 anos e executa manobras de alto nível sobre a fita. Para ele, o slackline não é apenas um esporte. “Virou um estilo de vida, porque aos finais de semana pra se divertir a gente vem praticar e se exercitar ao mesmo tempo. É saudável”, completa.
Para quem tem curiosidade ou se interessou em conhecer mais do esporte, o grupo “Slackline Marabá” criou uma conta no Instagram @marabaslackline e também um grupo no WhatsApp. Os treinos acontecem no domingo pela manhã na praça Monsenhor Baltazar, na Folha 16.
Texto: Jéssika Ribeiro
Fotos: Paulo Sérgio