FCCM: Casa da Cultura realiza encontro sobre a Serra das Andorinhas
No próximo dia 25 de julho, o Parque Serra dos Martírios-Andorinhas completa 25 anos e o 1° Encontro Científico da Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM) tem como tema diversos olhares sobre o parque, que é temática de estudos da FCCM há mais de 30 anos, em parceria com outras instituições.
Conhecida como Serra das Andorinhas, a região tem quase 25 mil hectares de área, localizada no município de São Geraldo do Araguaia. Desde 1987, a FCCM realiza estudos sobre o parque. Esses estudos ajudaram a subsidiar a Lei 5.982 que criou o Parque Estadual.
A serra é reconhecida pelas cachoeiras, cavernas e grutas e foi objeto de diversas pesquisas, apresentadas durante o encontro científico. “Nosso objetivo é mostrar para as pessoas as pesquisas que são feitas nessa região, mostrando, por exemplo, o potencial espeleológico e arqueológico da serra”, pontua o presidente da FCCM, Marlon Prado.
A programação do encontro iniciou no dia 7 de junho e compreende palestras sob perspectivas da geologia, arqueologia, espeleologia, fauna, flora, história e preservação da região.
Um dos palestrantes é o professor Bernardo Tomchinsky da Faculdade de Biologia da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará. Ele desenvolveu uma pesquisa que busca mapear as plantas que ocorrem na serra.
“Nós estamos tentando compreender quais espécies são endêmicas da região e quais estão ameaçadas. Além disso, também queremos saber quais são plantas comestíveis e buscar o conhecimento das pessoas que moram na região e entorno assim que a pandemia permitir”, ressalta o professor.
Laise de Jesus é engenheira florestal, formada pela Universidade do Estado do Pará (UEPA) e atuou em estágio do setor de etnologia na Fundação Casa da Cultura. Durante esse período, desenvolveu uma pesquisa de identificação de madeiras utilizadas por etnias indígenas na produção de arcos e instrumentos musicais. Atualmente ela é mestranda em Ciência e Tecnologia da Madeira e faz parte do ciclo de palestras.
“Esse encontro mostra a importância da serra, as pesquisas desenvolvidas nesse patrimônio incrível que tem na nossa região e que muitas pessoas nem conhecem. Além disso, conhecer a população que vive lá, as belezas naturais, turismo, fauna, flora e poder falar das questões indígenas e do desmatamento que também faz parte dessa região”, observa a engenheira florestal.
As palestras ocorrem pelo canal da FCCM na plataforma YouTube. A programação segue até amanhã e está disponível na página do Facebook da fundação.
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Divulgação