FCCM: Construção da Reserva Técnica está em fase de conclusão

Pesquisadores, estudantes e a população em geral estão prestes a ganhar um espaço de estudo e de preservação do patrimônio científico no campo das pesquisas arqueológicas e geológicas da região de Marabá. Trata-se da Reserva Técnica da Fundação Casa da Cultura de Marabá – FCCM.

A obra de construção do prédio já está em estágio bastante avançado. Serão dois pisos, onde a parte inferior é destinada aos arquivos das peças geológicas e arqueológicas coletadas durante os trabalhos de campo dos técnicos da FCCM e o acervo que chega de pesquisadores e colaboradores da pesquisa na região. A parte superior abrigará os laboratórios e setor administrativo.

Segundo Marlon Prado, arqueólogo gestor da FCCM, a Reserva Técnica de geologia e arqueologia era uma necessidade. “Há muitos anos tínhamos essa necessidade porque o acervo é muito e as pesquisas resultam em muito acervo. Somente em um sitio arqueológico podemos ter até 1500 peças, então era necessário um espaço como esse”, explica o arqueólogo.

De acordo com Prado, além de Belém, apenas Cachoeira do Arari, na região do Marajó, e Altamira, mantém reserva técnicas em funcionamento, e nos próximos meses Marabá também terá uma Reserva na estrutura que a legislação orienta, um projeto que atenda todos os requisitos necessários para o funcionamento.

“Reserva técnica não tinha legislação, o IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, não legislava e de uns tempos para cá a questão das reservas técnicas ganhou muito campo no estudo de pesquisas. Existem hoje congressos e simpósios somente de reserva técnica”, afirma Prado.

No local todo o acervo de pesquisas da FCCM, que segundo o arqueólogo gestor pertence à população e à União, ficará à disposição dos pesquisadores, como funciona hoje, porém num espaço menor. A construção da Reserva foi feita em consonância com a Superintendência do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em Belém e Brasília e com a Fundação Casa da Cultura de Marabá. Marlon Prado destaca o empenho da presidente da FCCM Vanda Américo e do prefeito de Marabá Sebastião Miranda na realização deste projeto para o desenvolvimento da pesquisa cientifica na região.

Texto: Victor Haôr

Fotos: Paulo Sérgio dos Santos