FCCM: Orquidário Margaret Mee tem 500 espécies e 1200 exemplares
Você sabia que a Fundação Casa da Cultura de Marabá possui um orquidário há mais de 30 anos? É o orquidário Margaret Mee, fundado em 1992, cujo nome é uma homenagem à memória da artista botânica britânica especialista em flora amazônica, que fez registro das plantas por meio de pinturas.
O espaço foi constituído para dar suporte às pesquisas que eram realizadas pelo Núcleo de Botânica da Casa da Cultura, na década de 1990. Como havia a necessidade de executar as coletas de plantas da região, foram criados tanto o orquidário, como o herbário, que são utilizados para armazenar plantas secas e desidratadas.
Atualmente, o orquidário abriga cerca de 500 espécies de orquídeas, além de samambaias e lírios, distribuídas em 1200 exemplares que contemplam a flora nativa e exótica, vindas de outras partes da Amazônia, do Brasil, como Goiás e Rio Grande do Sul, e também do mundo, com espécies provenientes da Ásia e México.
“A manutenção desse lugar é muito importante porque aqui temos um registro vivo da nossa biodiversidade. Ter esses pontos de registro da biodiversidade é muito importante não só para estudos, para pesquisas que podem ser realizadas a partir dessas espécies que estão aqui, como informações que podem ficar para as futuras gerações, principalmente por conta do potencial de estudos presente aqui enquanto for conservado, bem cuidado. É um potencial de estudos para orquidófilos e botânicos”, explica a bióloga Caroline Anjos, Coordenadora do Núcleo de Botânica da Fundação Casa da Cultura.
O espaço também é importante para a formação de estudantes de graduação em biologia, por exemplo, que precisam ter a prática de estágio obrigatório. Por meio do orquidário, esses estudantes aprendem sobre o cuidado com essas plantas, produção de mudas, adubação, controle de pragas. Além disso, pesquisas já foram realizadas por meio dos exemplares de orquídeas do espaço.
Os cuidados com as plantas do orquidário são basicamente regar em dias alternados e de acordo com o clima. Além disso, o orquidário é protegido por uma tela que reduz a incidência da luz solar, transformando o espaço em um lugar mais favorável ao desenvolvimento das plantas.
A Presidente da FCCM, Vanda Américo, faz um convite para que a população marabaense conheça o trabalho realizado no orquidário.
“É um espaço bem humanizado, maravilhoso, que a gente tem que cuidar. Poucas cidades no Brasil tem um orquidário e Marabá tem o dele. Cada dia aumenta mais o número de exemplares e a gente tem um olhar muito especial para ele, de cuidar. Convidamos as pessoas a conhecerem, visitarem mais a Casa da Cultura, a conhecer mais as coisas que temos na nossa cidade, os projetos interessantes, as questões ambientais, que são fundamentais. E o orquidário é um desses espaços maravilhosos de serem visitados”, destaca.
Serviço
O orquidário Margaret Mee funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h. As visitas podem ocorrer em duas modalidades: avulsa, quando a pessoa pode ir diretamente à FCCM para conhecer o espaço, e agendada, que é voltada para as escolas que queiram marcar uma visita guiada para os alunos. O telefone para contato é (94) 991088313. O orquidário também recebe doação de exemplares.
A Fundação Casa da Cultura de Marabá fica na Folha 30 Quadra 01, s/n, próxima ao CAPS e Seccional de Polícia.
Mais informações https://casadaculturademaraba.org
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Paulo Sérgio Santos / Secom