Festejo Junino: “Alegria não tem Idade” abre segunda noite com idosos assistidos pela Seaspac
Quem acompanha o Festejo Junino de Marabá já sabe que a festa é feita para o público de todas as idades. E há mais de 20 anos, o bloco “A Alegria Não tem Idade”, da Secretaria de Assistência Social Proteção e Assuntos Comunitários (Seaspac) vem para provar isso.
O grupo conta com 25 idosos do Centro de Referência em Assistência Social (Cras) e do Centro Integrado da Pessoa Idosa Antônio Rodrigues (Cipiar). Um dos destaques é a noiva Roseli Feitosa, que comemorou seu aniversário de 86 anos abrindo a primeira noite de competições do festejo com suas colegas.
“É muito bom participar. É uma brincadeira com responsabilidade. Eu adoro brincar. Todo ano participo. Passei a participar do projeto bem nova e fiquei até agora. Sou a campeã da terceira idade. Hoje é meu aniversário de 86 anos e nesse período participei como miss caipira, miss teimosa. Já ganhei vários. Ano passado fui noiva e agora sou eu de novo, gostaram, pois serei de novo com prazer”, destaca a animada brincante.
A aposentada Odete Nunes, 79 anos, já participa há 10 anos das apresentações e no que depender dela, continuará por muito mais tempo.
“Para mim é uma maravilha, gostoso demais. Antes era noivo, agora sou padre pela primeira vez. Uma coisa mais séria, mas todos gostam de brincar. É um dia feliz para todo pessoal.
Ela conta que não tinha interesse em participar das juninas, mas que hoje não largaria por nada. “Eu não gostava não, mas aprendi a gostar é bom demais. Agora já tem muito tempo que brinco. Estou gostando demais e se tivesse outro papel faria também. É divertido, gosto muito. Considero isso aqui um pedacinho do céu”, completa Odete.
A coordenadora do Cras Amapá, Edileuza Athie, ressalta que a junina conta atualmente com 20 mulheres e cinco homens.
“Através do Cras e Cipiar, a gente trabalha a dança com os idosos. Porque a dança faz com que a pessoa se sinta viva. Tem toda a animação da música, de dançar. Para eles, estar abrindo e participando do festejo é de grande importância, valoriza eles enquanto pessoa. A maioria são mulheres porque a maioria das pessoas assistidas no Cras e Cipiar são mulheres”, comenta a coordenadora.
A apresentação dos idosos cativou o público. A cabeleireira Lorena da Silva foi com sua mãe Tânia Silva apreciar a festa e ficou surpresa com o que viu.
“Achei muito interessante e importante fazer essas coisas que ajudam os idosos. Achei a apresentação muito interessante e bonita.”, comenta Lorena.
Sua mãe Tânia Silva completa: “Para a idade deles, estar aqui já é uma alegria. Acho uma realização importante e fiquei feliz de ver a apresentação. Gostoso de acompanhar”.
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Jordão Nunes e Sara Lopes