Festejo Junino: Sétima noite traz o brilho das cinco melhores juninas do Grupo B
A noite de quinta-feira, 29, foi de muita euforia para as torcidas das juninas classificadas para o Top 5 do grupo B, ou seja, as cinco melhores do 36º Festejo Junino de Marabá. Com mais uma noite de arquibancadas lotadas, as apresentações começaram com o boi-bumbá mirim Flor do Campo, que arrancou suspiros do público com tanta fofura e recebeu um troféu de participação especial.
O coordenador e fundador do Boi Flor do Campo, o Zé do Boi, afirma que sempre foi seu sonho trabalhar com as crianças.
“Acho que é importante ter esse trabalho com as crianças. Hoje sou viciado em boi-bumbá e faço tudo para fazer o boi-bumbá acontecer. Tem que ter as crianças para não deixar a cultura se acabar. Eles que vão revigorar e dizer que foi o Zé do Boi que deixou de herança”, justifica.
A estudante Geisilane dos Santos, 15 anos, é uma das representantes dos indígenas na história e fala da emoção de participar da apresentação.
“Foi muito bom. Participar do boi mirim é minha paixão. Já danço há cinco anos e pretendo chegar na adulta. A dança me anima, me deixa feliz quando estou triste. Fico muito feliz dançando no boi”, revela.
A ordem de apresentação das juninas foi da quinta para a primeira colocada, começando com a “Balão Dourado”, seguida da “Rei do Sertão”, que ficaram em quinto e quarto lugar, respectivamente. Depois foi a vez das três vencedoras que fazem parte do pódio, sendo o terceiro lugar da junina “Águia de Fogo”, que dançou com muita animação.
O coordenador Alessandro Menezes, conhecido como Latino, comemora a colocação.
“Quero agradecer a Deus em primeiro lugar. É uma gratificação. Muitos queriam estar nesse lugar. Foi uma batalha sofrida, mas ano que vem seremos melhores. Vamos à luta e não deixar a peteca cair”, enfatiza.
O segundo lugar foi da Junina “Coração de Estudante” que enfrentou muitos desafios por ser da Vila Santa Fé, na zona rural, mas fez bonito na arena. Boa parte da animação da apresentação se dá por conta da marcadora Vanessa Fortaleza, que chamou a atenção por seu alto astral e simpatia.
“Esse vice-campeonato tem o gosto de vitória de primeiro lugar. Nós não temos uma rotina de ensaio como as outras juninas têm. A gente tem a rotina de sala de aula. Esse prêmio tem um gosto surreal, incrível, principalmente pelas dificuldades da estrada, que são duas horas e meia para chegar aqui com estrada de chão, os meninos muito cansados, mas o resultado é gratificante”, comemora.
A grande vencedora da noite, “Arretados da Paixão”, foi a última a se apresentar e agora sobe para o grupo ‘A’. Na plateia a comemoração foi quase unânime, com balões amarelos sendo agitados pela torcida que gritava o nome do grupo mesmo antes de entrarem na arena.
O professor Mário Pessoa torcia para a Junina desde o início e estava muito feliz com a premiação.
“Hoje está sendo um dia muito especial para mim, pois é meu aniversário e ganhei de presente a junina sendo consagrada campeã”. Mario também elogia a estrutura e organização do evento. “Gostei muito da estrutura, a questão dos jurados terem sido de fora, traz uma expectativa de que realmente os melhores trabalhos foram consagrados. Parabéns à Prefeitura de Marabá, parabéns a todos os organizadores, em especial à Liga Cultural”, declara.
O grupo também levou o prêmio de melhor marcador, melhor casal de noivos e melhor rainha. Léo Vasconcelos, marcador da junina, não conteve as lágrimas de tanta emoção.
“É uma emoção imensa. É minha primeira vez como marcador. Ano passado me convidaram e eu não pude, mas esse ano eu consegui tirar um tempo e graças a Deus deu tudo certo com essa junina maravilhosa. E na primeira vez já ser campeão como marcador é maravilhoso. É fruto de seis meses de trabalho e a gente está levando o troféu para casa. Tem que se entregar de corpo e alma”, pontua.
Mariane Santos, 16 anos, rainha vencedora, afirma que é muito gratificante vencer logo na primeira vez como rainha.
“É minha primeira vez como rainha e já ser consagrada como campeã, eu fico muito feliz. É só felicidade. Ainda mais que a gente ganhou também como melhor casal de noivos, melhor marcador, melhor junina e estamos indo para a série A agora. É só felicidade”, enfatiza.
O coordenador da junina, Vanderlan Souza, conta que apesar das dificuldades, tiveram muita força de vontade para chegar no grupo A.
“É muito gratificante, pois viemos do ano passado com uma pegada bem firme. Viemos com mais vontade ainda de subir para o grupo A. Falamos com toda a coordenação do nosso objetivo de subir para o grupo A, que não é só uma quadrilha de bairro, mas é uma quadrilha que expandiu demais. Ano que vem vamos vir com essa mesma pegada e vamos tentar chegar no nível das tops, vamos fazer de tudo para sermos campeões”, elucida.
Texto: Fabiana Alves
Fotos: Sara Lopes/ Jordão Nunes