Casa da Cultura: Animação toma conta da primeira noite do Festival de Verão da FCCM
Irreverência, criatividade, animação e alegria não faltaram na primeira noite de eliminatórias do Festival de Verão 2023 da Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM), realizada nesta quinta-feira, 13. As 10 apresentações da categoria instrumental foram no galpão da instituição. Os candidatos mostraram a desenvoltura com os instrumentos musicais de bateria, tuba, trombone, trompete, flauta, saxofone, entre outros.
Essa é a terceira etapa do festival e conta com um júri técnico composto por professores da Escola de Música Maestro Moisés Araújo da FCCM, que escolherão três finalistas de cada categoria, considerando as maiores notas nos quesitos afinação, qualidade sonora, presença de palco e articulação. A quarta etapa será a grande final, onde serão apresentadas as três músicas finalistas de cada categoria e haverá a premiação.
Vanda Américo, presidente da Fundação, ressalta que hoje são quase 3 mil alunos fazendo aulas de música em Marabá e o festival é uma forma deles mostrarem o que sabem. “Eles estão musicalizados, sabem tocar instrumentos e eles querem se apresentar, querem um espaço para se apresentar, então o Festival de Verão é um palco para eles se apresentarem”, pontua e explica que a Fundação tem incentivado os jovens musicistas a formarem grupos.
“Já temos as The Queens, temos o Cabelo Seco, o Kukradja, o Pé de Moleque, mas temos mais jovens com um potencial fantástico, desabrochando, que precisam de um palco, uma oportunidade, e o Festival de Verão vem mostrar esse novo valor, esse novo potencial da música brasileira, que está chegando e chegando com força no rock, no pop, em todas as modalidades. Hoje está sendo fantástico. É um momento de surpreender muita gente. Eles se envolveram muito mais por ser férias e estão prontos para fazer uma entrega fantástica”, declara.
A animação da abertura do evento também ficou por conta de apresentações como o grupo Flautata Mágica e a banda The Queens, que faz parte do projeto de extensão da escola de música. A acadêmica de Música, Amanda Vieira, 20 anos, é integrante da banda The Queens e estuda música há 13 anos na FCCM.
“Essa apresentação foi incrível como todas as outras. Tem aquele nervosismo antes, mas depois os aplausos da galera e a energia do pessoal foi muito incrível, foi muito bom”, disse ela, que também participou como candidata apresentando a música ‘Um chorinho em Montevidéu, de Severino Araújo.
“Essa música é especial para esse momento e o momento de preparação foi um pouco tenso, mas espero chegar na final”, comenta.
O professor de Música da FCCM e coordenador da banda The Queens, Gabriel Rocha, revela que desde o início os professores estão acompanhando os alunos. “Nós sentimos aquele arrepiar desde os preparativos até a apresentação, quando o público começa a gritar. Estamos acompanhando de corpo e alma desde o início, para que façam direitinho. As The Queens, um grupo de 17 mulheres, vêm embelezando impecavelmente as apresentações da Casa da Cultura. São meninas inteligentíssimas, bonitas, talentosas”, enaltece.
Sobre as apresentações, ele afirma que tem sido gratificante ver os alunos reproduzirem o que os professores ensinaram. “Estamos vendo tecnicamente as coisas sendo apresentadas. É muito gostoso quando você passa uma técnica vocal, uma técnica instrumental para o aluno e ele reproduz verdadeiramente. Isso aí não tem coisa no mundo que pague e a gente está muito feliz”, comemora.
Um dos candidatos da noite foi o estudante Danilo Feitosa, que se apresentou com a música “Pedacinho do Céu”, de Waldir Azevedo. Ele estuda música há 9 anos e faz parte da Banda Waldemar Henrique da FCCM. Danilo tem como instrumento principal o violão, mas essa noite se apresentou com trombone.
“Entrei aqui em 2019, mas não tive a oportunidade de participar do outro festival e agora eu quis participar para competir, brincar. É bom”, completa.
Outra candidata bastante empolgada para se apresentar era Jamilly Vitória Gonçalves, aluna do primeiro ano de saxofone alto e que interpretou a música ‘Malandragem’, de Cazuza. “Eu já fazia aula de flauta em outra escola e fui indicada por uma professora para aprender sax aqui na fundação. Tem um ano que estou aqui e achei muito legal a iniciativa do festival, porque serve para desenvolver os alunos e para descobrirem novos talentos”, destaca.
Os finalistas da Categoria Instrumental foram José Marcos da Silva do Nascimento, Amanda Vieira Silva e Cário Antunes Rodrigues.
Nesta sexta (14), tem mais uma noite de apresentações e no sábado (15) tem encerramento com shows de artistas regionais.
Outras fotos:
Texto: Fabiana Alves
Fotos: Sara Lopes