Semel: Ginástica artística forma atletas sob supervisão do profissional de educação física Bruno Pantoja
Nesta sexta, 1º de setembro, dia do profissional de educação física, conheça o responsável pela implantação do projeto de ginástica artística em Marabá
Uma cidade como Marabá possui uma enormidade de talentos escondidos nas ruas, bairros e escolas. Para ajudar a descobrir esses talentos, há um ano Bruno Pantoja buscou a direção da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (Semel) para implantar um projeto de ginástica artística na cidade.
O projeto foi para frente e, hoje, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (Semed), é realizado na escola Ida Valmont, com cerca de 45 meninas em diferentes horários. Mas a partir deste mês, as vagas vão aumentar, com aulas no Ginásio da Folha 16.
“Com esse novo polo, esperamos conseguir mais talentos e ampliar ainda mais. Eu recebo vídeos das escolas, familiares, mostrando as crianças, espero que com o novo polo a gente consiga abarcar mais crianças e descobrir novos talentos”, explica o professor Bruno Pantoja.
A aluna Bruna Gabriela Moraes Santana, 10 anos, conta que assistia ginástica pela televisão e sempre quis ter a oportunidade de praticar. “Eu acho muito legal, faz um ano em outubro que eu entrei. Eu assistia os campeonatos, as olimpíadas e, quando descobri que teria na minha escola, vim correndo fazer. Eu já aprendi várias coisas, professor ensina muito bem e com bastante cuidado. Sempre dizendo para não fazermos alguns movimentos fora daqui para não nos machucarmos”, comenta.
Bruno Pantoja conta que o foco são as crianças de 6 a 12 anos. “Fase boa pra descobrir os talentos que temos e aprimorar as técnicas. Crianças que pulam muito, que gostam de brincar. Que a mãe fala ‘eles não param quietos’ são o nosso perfil, tragam eles para gente”, convida, ressaltando que é num primeiro momento, é trabalhado aquecimento e alongamento para depois iniciarem os movimentos semiacrobáticos e acrobáticos.
“O alongamento e aquecimento são bem intensos porque a ginástica exige bastante e podem se machucar. Depois vamos para os fundamentos específicos. Movimentos que não saem do chão como estrela, rodante, ponte, parada de mão. Só depois vem a iniciação dos movimentos acrobáticos com o trampolim e os equipamentos. Já estando preparado o corpo das ginastas para isso”, explica.
A aluna Isabela Castro Silva, 11 anos, revela que já aprendeu muito com o professor. “Entrei ano passado, no começo do ano. Aprendi da reversão de frente e de costa, aprendi também espacate, rodante e rolamento. Não sabia fazer. Eu assistia bastante na TV e internet, mas foi a primeira vez que experimentei. O professor muito legal e ensina bastante pra gente”, pontua.
Projeto Pessoal Ginástica Marabá
Bruno começou a vida na ginástica em 1999, quando estagiava na Universidade Estadual do Pará (UEPA) onde formou-se em Educação Física. Na época, escolheu o estágio técnico em ginástica e pode acompanhar algumas crianças. Ele também é terapeuta e trabalha psicomotricidade com crianças autistas.
“Tive a oportunidade de, durante três anos, acompanhar crianças nesse processo e levar para os campeonatos da época. Minha formação é ginástica artística e dança clássica. Muito da ginástica de solo tem aspectos da técnica da dança clássica com movimentos coreográficos”, explica o profissional, que já foi bailarino profissional dos 20 aos 28 anos.
Há três anos, ele iniciou um projeto pessoal de ginástica artística, anterior ao desenvolvido pela Semel. O Centro de formação de Ginástica Artística Marabá que teve cerca de 70 alunos. “Sempre fui envolvido com arte e educação. Eu já era musicista desde os 13, estava envolvido com teatro e dança clássica. A ginástica artística trazia muito dessa proposta, então quando entrei na educação física já fui logo participar dos grupos e projetos e quis trazer isso para Marabá”, declara.
Bruno ressalta que a cidade conta com atletas em nível competitivo, distribuídos entre essas duas equipes, a da Semel e a do seu projeto particular. “Quando tem os campeonatos, a gente tem aí duas equipes representando Marabá e dia 15 de outubro teremos nossa primeira competição oficial aqui, com o Campeonato Estadual de Ginástica Artística que deve acontecer no Ginásio da Folha 16”, afirma.
Com isso, Bruno segue alimentando o sonho de jovens de Marabá que almejam ser atletas. Uma delas é a Cris Letícia, 11 anos. “É a melhor coisa que faço na minha vida. Meu sonho é ser ginasta”, conta, enumerando que os movimentos preferidos das aulas, até o momento, são o rodante e a ponte. A descoberta do projeto, veio através de uma amiga.
“Ela entrou e eu agradeço a ela por ter me chamado, porque se não fosse ela não teria entrado. Amo fazer e o professor é muito legal e cuidadoso”, explana.
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Secom