SSAM/Sevop/Postura: Serviços e obras de macrodrenagem combatem alagamentos nessa época do ano
As obras de macrodrenagem são importantes por garantirem o maior escoamento da água proveniente das redes de esgoto, evitando, assim, os alagamentos que causam transtornos à população.
No período de inverno amazônico quando as chuvas se intensificam em Marabá, a Prefeitura, por meio do Serviço de Saneamento Ambiental (SSAM) e Secretaria Municipal de Viação e Obras Públicas (Sevop), atua no combate aos alagamentos pela cidade. No entanto, a Prefeitura precisa da cooperação da população.
Élio Oliveira é aposentado e tem 70 anos, dos quais 30 anos são morando na Folha 20. A obra de macrodrenagem e urbanização realizada na grota, que separa as Folhas 20 e 28, mudou a vida dele e da comunidade.
“Para nós melhorou 100% porque antigamente alagava e hoje não alaga mais. Eu gostaria de agradecer à gestão municipal por essa obra. Eu, que sou filho de Marabá, tenho orgulho da gestão. Não alagou mais”, agradece.
Mas ele sabe que é preciso que a população também faça a parte dela na manutenção das grotas ao não despejar lixo em local inadequado. “Nós agradecemos à administração e também pedimos às pessoas que não façam o que faziam tempos atrás, colocar lixo na grota, essas coisas, porque isso aí é a nossa parte. Porque se eles fizerem a parte deles e a gente não fizer a nossa, nada feito”, continua.
As obras de macrodrenagem são importantes por garantirem o maior escoamento da água proveniente das redes de esgoto, evitando, assim, os alagamentos que causam transtornos à população.
As grotas estão em diversas partes da cidade e as obras da Sevop colocam placas nas laterais, a fim de evitar o assoreamento, e concreto no fundo, que dão curso às aguas. Além da grota entre as Folhas 20 e 28, outra obra importante está sendo realizada na grota do Aeroporto, no bairro Jardim Vitória.
A ocupação irregular desses espaços é um grande desafio que a secretaria enfrenta no processo de urbanização das grotas, como reitera o titular da Sevop, Fábio Moreira, destacando a importância da parceria com a população.
“Para que funcione é fundamental que a população ajude, não jogue lixo nos canais. Temos a coleta de área de lixo. Então, não tem necessidade. Isso vai causar transtorno para a própria população. É proibido construir em grotas porque obstrui a saída de água e essa água, quando há uma construção irregular, retorna causando alagamentos. A população também tem que fiscalizar porque a gente não consegue ver tudo, mas sempre que chega denúncias, a gente vai lá, o Departamento de Postura impede essas construções irregulares, que dificultam bastante o nosso trabalho”, explana.
O aposentado Antônio Emílio Oliveira, de 86 anos, mora há 40 anos na Folha 20 e lembra de tempos em que as águas, na época de chuva, alagavam a casa, tirando o sono dele. “Melhorou muito porque não está mais alagando. É bom demais. Não entra mais água. Quando começava a chover, eu acordava e não dormia mais, preocupado”, relembra.
Limpeza diária
Por outra frente, o Serviço de Saneamento Ambiental de Marabá (SSAM) realiza a limpeza de grotas e bueiros. A limpeza ocorre tanto de maneira manual, quanto com o uso de máquinas, como escavadeiras e retroescavadeiras e caminhões pipa.
De acordo com Múcio Andalécio, diretor-presidente do SSAM, são mais 100 agentes de conservação que atuam diariamente na limpeza de grotas e desentupimento de bueiros.
Só para se ter uma ideia dos materiais que são jogados pela população nas grotas, retirados pelas equipes do SSAM, estão carcaças de carros, guarda-roupa, sofás, colchões, portas e outros, os quais obstruem a passagem da água, causando alagamentos.
“Tudo é um trabalho contínuo, a gente não tem como parar. Todo ano, desde julho, a gente já está limpando as grotas e os bueiros nos pontos mais críticos. Claro que quando dá uma chuva, a gente tem noção de onde pode estar obstruído. Além disso evitar jogar lixo perto de bueiros porque dá uma chuva, aquele lixo domiciliar vai para dentro do bueiro, vai entupir e vai alagar. Esse é o nosso pedido”, solicita Múcio Andalécio.
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Paulo Sérgio Santos