SMS: Hipertensos em Marabá recebem tratamento e acompanhamento nas Unidades Básicas de Saúde

Neste dia 17 de maio é o dia do Hipertenso, em Marabá, em todas as Unidades Básicas de Saúde pessoas com hipertensão recebem atendimento e acompanhamento, pelo Programa Hiperdia (envolvendo pacientes com Diabetes), bem como distribuição de medicamentos e a visita constante do Agente Comunitário de Saúde. No município, o Hiperdia tem cerca de 20 mil cadastrados.

“Se o usuário necessitar deve procurar a rede municipal mais próxima da residência para realizar esse acompanhamento. O nosso maior desafio é a sensibilização da comunidade em aderir ao tratamento, seja ele medicamentoso ou intervenções terapêuticas. Existe uma resistência dos usuários na mudança dos hábitos alimentares e prática de exercícios físicos que é o que melhora a qualidade de vida dessas pessoas”, comenta Gisele Leite, coordenadora do departamento de doenças crônicas da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). 

Na UBS Dr. Emerson Caselli, no bairro da Liberdade, Luís Borges da Silva, de 76 anos, há 10 apresentou os primeiros sintomas da doença, como com dor de cabeça e muito incômodo, e foi no posto de saúde imediatamente, sendo diagnóstico com hipertensão. Depois disso teve uma nova crise e foi com urgência para o Hospital Municipal e se não tivesse recebido os cuidados médicos adequados poderia ter consequências irreversíveis.

“O atendimento na Unidade Saúde do Município é muito bom. Graças a Deus sou muito bem atendido aqui no posto de saúde. Todo mês venho buscar os remédios, a agente de saúde mede minha pressão e encaminha para exames quando necessário”, relata.

Valteir Cruz da Conceição, 52 anos, descobriu ter pressão arterial alta há mais de dez anos. Disse que os primeiros sintomas de hipertensão que sentiu eram dores de cabeça, coração acelerado e fraqueza no corpo. A partir daí procurou atendimento médico e descobriu que estava hipertenso. “As primeiras orientações médicas foram parar de tomar bebida alcoólica, evitar comida gordurosa, fazer uma dieta correta, sem gordura, nem muito sal ou açúcar e tomar o medicamento todos os dias.” destaca.

O médico Rhaone Caldas disse que, na Unidade Básica de Saúde, boa parte de nossos pacientes chega com sintomas da hipertensão arterial, que é uma doença crônica. “Existem pessoas que não têm sintomas e só após os exames descobrimos que a pessoa é hipertensa. Não há predisposição quanto ao sexo, atinge ambos. A maioria dos pacientes, aqui na UBS, apresenta os sintomas e quando é feita a aferição apresenta o valor alterado e, assim, realizamos os exames”, explica.

Sintomas

Os principais sintomas são dores de cabeça, dor na nuca, quadro de tontura e mal-estar e estão ligados a causas como sedentarismo, obesidade, estresse no trabalho e em casa. A própria pandemia trouxe novos pacientes com ansiedade, tabagismo, alcoolismo e outras drogas.

“É por isso que não tratamos a hipertensão arterial apenas com tratamento medicamentoso, mas também tratar a qualidade de vida desse paciente, como a redução do sal, gordura e frituras, que podem causar a elevação da pressão arterial e também indicamos as atividades físicas, sempre levando em consideração a limitação de cada paciente”, informou o médico.

Causas e riscos

“Entre os principais fatores que levam uma pessoa a contrair a chamada pressão alta estão sobrepeso e obesidade, má alimentação, incluindo muito consumo de sal, sedentarismo, tabagismo e, em alguns casos, o fator hereditário. Os riscos da hipertensão arterial são o infarto, AVC, insuficiência cardíaca e renal”, reforça Gisele.

Texto: Victor Haôr
Fotos: Paulo Sérgio

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