HMI: Cozinheiras garantem saúde alimentar de pacientes, acompanhantes e funcionários
Neste dia 10 de maio, Dia do(a) Cozinheiro(a), nossa homenagem aos profissionais da área que fazem toda diferença na recuperação do paciente
A rotina de trabalho de Lucilene Dias começa cedo. Todos os dias, ela acorda às 6h da manhã para estar às 7h na cozinha do Hospital Materno Infantil (HMI), onde trabalha há 15 anos. Seu trabalho, assim como do restante da equipe, é imprescindível para ajudar no preparo de cerca de mil refeições servidas diariamente a funcionários e pacientes do hospital.
Para ela, a cozinha é o coração do hospital por garantir a alimentação dos funcionários, acompanhantes e principalmente para a recuperação dos pacientes durante a estadia. A profissional expressa o que cozinhar significa em sua vida.
“É o meu sustento. Eu dou o meu melhor todo dia. Eu venho e todo dia eu quero dar o meu melhor. Essa é a minha meta. Eu fui descobrindo o meu dom com a minha necessidade. Hoje eu gosto de fazer o que eu faço. Não gosto de chegar aqui e fazer uma coisa que o pessoal lá fora não vai gostar. Lá fora, o pessoal sabe quando eu estou aqui. Isso para mim é satisfatório”, ressalta.
A cozinha do HMI segue um fluxograma que busca deixar o serviço bem organizado, com horários para corte dos ingredientes, preparo dos alimentos e horário de entrega das refeições, assim como componentes da equipe presentes em todos os turnos, incluindo a madrugada.
Todos os dias são servidos: café da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia. O almoço e o jantar geralmente são servidos com um suco ou fruta.
A equipe de cada turno é composta por uma cozinheira chefe, uma auxiliar, duas auxiliares de cozinha, copeira, estoquista, duas nutricionistas, uma de produção e outra clínica, e um açougueiro para corte das proteínas. Ao todo, são 28 funcionários.
Segundo Amanda Martins, nutricionista clínica, o cardápio é sempre pensado visando atender às necessidades nutricionais dos pacientes e servidores. Algumas vezes, o cardápio pode ser diferenciado. Além disso, a cozinha também atende os pacientes que têm algum tipo de restrição alimentar como hipertensos e diabéticos, por exemplo. O cardápio busca contemplar uma dieta diária de 2400 calorias.
Para a nutricionista, ter uma equipe bem afinada na cozinha é sinônimo de um bom serviço prestado à comunidade do hospital.
“Para mim é de total importância. A equipe aqui é muito boa. São funcionários que estão há anos. A equipe é bem redonda, já sabe de todo o trabalho. São dedicados e querendo ou não a gente se empenha para fazer o melhor porque a gente sabe que alimentação é tudo. As cozinheiras são de total importância porque elas são os nossos braços. A gente vai, orienta e elas colocam em prática. A equipe se dedica em fazer um tempero bom”, afirma.
Patrícia Gurgel é recém-chegada à cozinha do HMI e atua na preparação das dietas especiais de pacientes hipertensos e diabéticos. Ela relembra que quando foi chamada no concurso público e avisaram que havia uma vaga no HMI ficou receosa, mas quando soube que era na cozinha, ficou feliz.
“Eu pensei ‘lá, eu me encontro’. Eu gosto de cozinhar porque é o dom que Deus me deu e é dele que eu sobrevivo. Faço com maior prazer, com maior amor. Posso estar cansada como for, mas eu me dedico ao máximo. É muito gratificante saber que você fez uma comida, que os pacientes gostaram, os funcionários gostaram, que estão se alimentando com prazer, com amor, com carinho”, relata a cozinheira.
Patrícia deixa uma mensagem para os colegas de trabalho que atuam em cozinha neste 10 de maio, Dia do Cozinheiro e da Cozinheira.
“Que todos que trabalham na profissão de cozinheiro, trabalhem com amor, com carinho e que façam tudo da melhor maneira possível”, conclui.
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Paulo Sérgio Santos