Linha de frente: Enfermeira por amor ao trabalho de ajudar os pacientes
Há 10 meses, Suzana da Conceição Gomes de Souza iniciou sua vida profissional como enfermeira. A ex-agente de saúde decidiu mudar de profissão quando perdeu a mãe. Reforçou os estudos, formou-se em 2017, mas só passou a exercer a profissão em julho de 2010, quando foi chamada no concurso da Prefeitura de Marabá e começou a atuar na Unidade Básica de Saúde (UBS) Amadeu Vivácqua.
“Eu tive contato com a área de saúde como agente de saúde e fui me inteirando, aprofundando e criei o interesse, mas ele se fortificou quando minha mãe adoeceu e ficou hospitalizada. Se eu tivesse um melhor conhecimento teórico e prático, acho que ela teria ficado mais tempo com a gente”, conta. Hoje ela utiliza o conhecimento adquirido para cuidar dos pacientes da área de São Félix, onde decidiu morar quando veio para Marabá.
Suzana é natural de Tucuruí e estava em Goiás quando foi convocada. Hoje vive em Marabá com duas filhas. Ela conta que o começo não foi fácil, até acostumar com as novas rotinas e exigências da nova profissão: “Sinto que fui acolhida. Gosto de morar por aqui. Fui bem recebida na UBS, mas no começo foi difícil. Eu não tinha experiência, mas tinha o conhecimento como Agente e com o administrativo em um hospital, na cidade onde morava. Agora já me acostumei e amo minha profissão”, garante.
Entre os serviços realizados por Suzana e as outras enfermeiras da estratégia em saúde, na UBS Amadeu Vivácqua estão o pré-natal, puericultura, acompanhamento de doenças crônicas (como hipertensão, diabete, tuberculose e hanseníase) , além do PCCU. “Essa área de saúde sexual e preventiva, como PCCU, estão entre minhas áreas preferidas de atuar”, comenta. Em breve, a UBS também terá a volta do programa antitabagismo. Na quinta-feira (5) os enfermeiras passam por uma capacitação para a volta do programa.
Palestras, rodas gestantes, Programa Saúde na Escola e visitas domiciliares também estão entre as funções executadas regularmente. As visitas domiciliares acontecem três vezes por semana. “Temos pacientes que nos apegamos. Tem um rapaz que sofreu um acidente e realizo a visita, faço a troca de sonda. A mãe dele é muito sensível quanto ao acidente. Então são situações que vivemos, que marcam a gente e que fazem nosso trabalho valer a pena”, conta a enfermeira. São visitadas em média de 4 casas por dia, mas cada casa pode contar um número ilimitado de pacientes.
“Já peguei a rotina, se tornou gostosa. É puxado, mas a gente adapta-se. Gosto da estratégia de saúde, gosto de estar perto da população e gosto de ajudar. Eu particularmente gosto de servir, então acho que deu certo para mim. Ninguém procura a UBS por que quer, mas sim por necessidade. Então estamos aqui para cuidar. Para fazermos nosso melhor para que eles vivam o melhor possível”, conclui Suzana.
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Aline Nascimento
Galeria: