Mab 110: Museu Municipal conta história de Marabá em linha do tempo
O contexto histórico do município pode ser compreendido na Linha do Tempo existente no Museu Francisco Coelho que tem início no Século XIX e encerramento no Século XXI
No próximo dia 5 de abril, Marabá comemora 110 anos de emancipação política e embora a cidade esteja passando por uma enchente, o clima de comemoração pelo aniversário do município é inevitável. Aliás, as cheias dos rios Tocantins e Itacaiunas já fazem parte da história, é uma característica da terra de Francisco Coelho no período chuvoso. Esse e outros fatos são apresentados pelo Museu Municipal de Marabá em um compilado do contexto histórico do município, a partir de uma linha do tempo fixada na sala do arquivo histórico, aberta para visitas todos os dias.
A sala é moderna, aconchegante e cheia de informações preciosas. Nela é possível visualizar, por exemplo, a ata da emancipação política. Camila Caetano, estudante de História e educadora do museu, é uma das guias durante as visitas. Ela conta detalhes dessa parte importante do espaço que já é referência.
“Retrata esse processo de formação e de expansão da cidade de Marabá. É uma sala bem interessante porque ela vai apresentar esses processos históricos através dos elementos materiais que nós temos aqui e que fizeram parte da vida ao longo do Século XX. Fotografias que vêm do Arquivo Histórico da Fundação Casa da Cultura de Marabá e que são peças bastante interessantes, chamam atenção dos visitantes justamente porque vão se identificar ao olhar para a máquina de costura, por exemplo. Acontece muito de alguém falar: ‘Nossa! Eu já tive uma dessa, minha mãe, minha avó teve uma dessa’. Então, são elementos que trazem uma memória afetiva também para esses visitantes”, destaca a educadora do museu.
A linha do tempo apresentada pelo museu, inicia no final Século XIX, no ano de 1895, com o surgimento do Burgo Agrícola, uma das primeiras comunidades existentes no município e encerra já no Século XXI, em 2013, no centenário do município. Fatos como as maiores enchentes, nos anos de 1926 e a de 1980, a construção da Ponte Itacaiunas em 1981, a construção das rodovias, estrada de ferro, aeroporto, dentre outros, são retratados na cronologia em exposição.
“É uma sala muito interessante para que nós possamos compreender um pouquinho mais sobre esses processos históricos aqui da região a partir de perspectivas econômicas, sociais e culturais. Então, serve tanto para entender as próximas exposições que também vão tratar dessas características quanto para compreender um pouquinho mais sobre a própria formação, a própria história aqui da nossa região. Vai apresentar alguns pontos, alguns momentos, processos importantes para essa expansão da cidade e vai concluir no ano de dois mil e treze, quando foi comemorado nosso centenário. Temos também aqui o acréscimo de dois mil e vinte que foi justamente quando foi inaugurado o museu”, informa Camila.
Para Kelvia Neves, professora de História, o espaço é ideal para o acesso dos alunos ao contexto histórico de Marabá.
“Estamos nos aproximando do aniversário e nada melhor do que trazer os alunos para conhecer a história de Marabá, no bairro mais antigo. É o lugar ideal para mostrar a eles a história viva. Eles estão vendo como se fundou a cidade de Marabá, o contexto histórico, o contexto regional, o contexto social e eles ficaram maravilhados. Porque até então eles só viam nos livros. E aí quando eles vêm a cronologia histórica de Marabá eles ficam bem mais encantados. Ajuda trazer o aprendizado para eles”, argumenta a docente.
Wânia Gomes, diretora do museu, destaca que o espaço está de portas abertas a semana inteira, com exceção das segundas-feiras, para visitação que são gratuitas.
“Quem quiser vim conhecer um pouco mais da história, é um prazer enorme recebê-los aqui, para visitar o museu. Estamos esperando, com uma equipe muito bem preparada. Temos um cafezinho, temos a nossa lojinha, aguardando os visitantes. Então, durante a semana de terça a sexta-feira, das 09h às 17h e aos sábados e domingos, das 09h às 13h. Sem pagar nada”, enfatiza.
Texto: Leydiane Silva
Fotos: Jéssika Ribeiro