Marabá em números: Em 2023, mais de 30 unidades de ensino estão em construção, ampliação e revitalização
Entre 2017 e 2023, mais de 100 escolas e Núcleos de Educação Infantil estão sendo construídas, revitalizadas e ampliadas
O ano de 2023 teve como lema na educação em Marabá “A leitura e a escrita como construtoras de desenvolvimento social”. Seguindo essa linha pedagógica, a Secretária Municipal de Educação (Semed) realizou, ao longo do ano, diversas ações a fim de contemplar essa temática, nas 162 escolas e 43 Núcleos de Educação Infantil de Marabá, nas zonas rural e urbana, atendendo 51.800 alunos. Além das formações, houve investimentos na infraestrutura, alimentação escolar e muitos outros bons resultados, fruto de dedicação da rede. Confira:
Revitalizações
Em 2023, foram cinco escolas entregues totalmente revitalizadas às comunidades: Tancredo Neves, na Folha 23; Pequeno Pajé, no São Félix I; Martinho Motta, na Folha 27; Arco Íris, em Morada Nova; e Escola São Félix. Além disso, outras escolas passam por serviços de revitalização e ampliação na estrutura física ou construção da quadra poliesportiva.
A novidade é que 2024 começará com duas novas escolas construídas no Residencial Tiradentes e no bairro Cidade Jardim, que ampliarão a oferta em mais de 1.100 novas vagas do 1° ao 9° ano.
Entre 2017 e 2023, a gestão entregou mais de 100 escolas e Núcleos de Educação Infantil, revitalizadas e construídas.
Alimentação escolar
De acordo com a Coordenadoria de Alimentação Escolar da Semed, em 2023 foram servidas mais de 19 milhões de refeições diárias em um universo de 65 mil alunos, que compreende da pré-escola até o ensino médio e demais modalidades de ensino.
Até setembro, foram investidos mais de 11 milhões e 400 mil reais na alimentação escolar do município. Cerca de 70% do recurso federal foi utilizado na aquisição de gêneros alimentícios da agricultura familiar. O cardápio é variado, como por exemplo, filé de peixe, legumes, frutas, verduras e o açaí com farinha de tapioca.
“Para o ano de 2024, a alimentação vai contar com novos gêneros alimentícios para compor o cardápio: leite pasteurizado, pepino, farinha de trigo sem fermento, coco ralado e nossa grande variedades de alimentos oriundos da agricultura familiar. Nossa perspectiva para o novo ano letivo é continuarmos a assegurar a oferta de refeições que cubram as necessidades nutricionais dos alunos durante sua permanência na escola, oferecendo uma alimentação saudável e adequada, com ações de educação alimentar e nutricional para todos os estudantes de todas as etapas da educação básica”, afirma Fabíola Badu, nutricionista que faz parte da equipe técnica da coordenadoria.
Resultados
Entre os bons resultados colhidos em 2023 estão medalhas de outro e prata na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, além de uma medalha de ouro inédita na categoria mirim, que compreende do 1° ao 5° ano.
A secretaria realizou o 5° Concurso de Desenho e Redação, Semana da Pátria, Jogos Estudantis e outras atividades junto aos estudantes.
A Semed também concluiu o processo de seleção para diretores das escolas, seguindo recomendação do Ministério da Educação.
O fortalecimento da alfabetização e também da equidade racial são temas que a Semed também desenvolveu ao longo do ano. Para o início de 2024, está previsto a apresentação da Política de Alfabetização aos professores e, ao longo do próximo ano, a entrega da Guia de Equidade Racial, para professores, estudantes e famílias.
No que diz respeito à alfabetização, a Semed disponibilizou um almanaque com textos, imagens e ilustrações que apresentam a identidade e a cultura da região, voltado para crianças de 6 e 7 anos da rede de ensino, do 1° e 2° ano, que é o ciclo de alfabetização e também para professores.
A secretaria também estabeleceu, ao longo dos últimos anos, o currículo “Pensando em Rede”, que busca se alinhar à realidade dos estudantes de Marabá, bem como apresenta os objetos de conhecimento, os quais o aluno precisa aprender por componente curricular e por ano, além de habilidades e competências a serem desenvolvidas.
Durante a pandemia, o currículo precisou ser reformulado devido às necessidades circunstanciais. “Em 2023, a gente pega o nosso currículo e disponibiliza ele na sua integralidade, entendendo que nós já tínhamos feito um projeto de recomposição de aprendizagem em anos anteriores e que, em 2023, nós tínhamos ali a obrigação de disponibilizar aos estudantes todos os conhecimentos que eles deveriam ter, não olhando somente uma parte que seria priorizada em razão da pandemia”, destaca Fábio Rogério Rodrigues, diretor geral de ensino da Semed.
Durante a realização do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), a secretaria conseguiu mobilizar toda a rede de ensino e garantiu o mínimo de 90% de participação dos estudantes de cada escola. O resultado está previsto para meados de 2024.
Para 2024, a secretaria busca dar seguimento e aperfeiçoar a política de busca ativa escolar, tendo como inspiração o projeto Territórios em Rede, da Fundação Vale, em parceria com a Semed, que encerra em 2023. A ideia é criar um núcleo de atendimento psicopedagógico que contará com equipe multiprofissional: assistente social, pedagogo, arte educador e, futuramente, psicólogo, a fim de atenuar a evasão escolar.
Formações
As formações continuadas foram realizadas mensalmente ou bimestralmente, ou seja, os professores em sala de aula receberam ao menos quatro formações; os profissionais de laboratório, quatro; profissionais das salas de recursos, que fazem o atendimento educacional especializado, realizaram mais de cinco formações; e os profissionais das salas de leitura tiveram quatro momentos de formação. Ou seja, a Semed executou 17 momentos de formação para os profissionais de segmentos específicos da rede de educação.
Além disso, outros profissionais como diretores e coordenadores pedagógicos contaram com momentos de aperfeiçoamento dos métodos de aprendizagem.
O diretor geral de ensino da Semed, Fábio Rogerio Rodrigues, explica ainda que 2023 foi um ano em que a secretaria colocou em prática um sistema de recomposição de conteúdos, visando as perdas referentes à pandemia.
“Tivemos um processo de recomposição de aprendizagem para leitura, escrita e conhecimento matemático, para apoiá-los nos prejuízos que tiveram ainda na pandemia. Aí, a gente entende que a leitura, escrita e o conhecimento matemático são os conhecimentos imprescindíveis para que eles possam dar continuidade aos seus estudos”, ressalta.
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Arquivo