Março Lilás: Crismu inicia programação especial com atendimentos em horário estendido
Na noite desta segunda-feira (20), o Centro de Referência Integrado à Saúde da Mulher (Crismu) iniciou os atendimentos em horário estendido, das 18h às 22h, como parte da campanha Março Lilás de prevenção ao câncer do colo do útero, da Secretaria Municipal de Saúde. O atendimento noturno funcionará até o dia 31 deste mês e contará com coleta de exame preventivo (PCCU ou Papanicolau) por livre demanda, consultas com ginecologistas para mulheres agendadas pela regulação e palestras sobre prevenção à doença. No sábado (25), os atendimentos acontecerão das 8h às 18h.
Para realizar a coleta do PCCU, a mulher não pode ter tido relações sexuais três dias antes do exame, não ter usado creme vaginal e não estar menstruada. Para participar, é necessário apresentar o cartão SUS, documento de identificação e, caso já tenha sido atendida no Crismu, levar o número de prontuário.
“Teremos duas enfermeiras coletando, então serão umas 32 coletas por turno e se houver mais demandas, vamos disponibilizar mais enfermeiras fazendo mais coletas. A expectativa é que nesses dias façamos uns 400 exames de preventivo”, explica a gerente do Crismu, Nayane de Aguiar.
Ela ressalta ainda que algumas mulheres estão vindo agendadas para fazer o tratamento da lesão. São aquelas que já fizeram o preventivo, deu uma alteração e precisam fazer um exame que vai visualizar melhor o colo do útero. A médica coleta a biópsia e encaminha para o tratamento correto.
Uma das enfermeiras que coletam para o exame preventivo, Luciana Trindade, ressalta a importância de realizar o exame. “Fazemos uma conscientização de que é um exame rápido, que não é dolorido e que precisa ser realizado anualmente como forma preventiva do câncer do colo do útero. Esse exame identifica lesões precursoras, que são aquelas lesões iniciais onde a gente consegue realizar o tratamento antes delas evoluírem para o câncer”, elucida.
Luciana ainda reforça que o horário estendido serve para alcançar as mulheres que trabalham em tempo integral e não conseguem alcançar a maioria dos exames e cuidados por conta disso.
A professora aposentada Santina Dutra foi encaminhada de uma Unidade Básica de Saúde e conta como chegou ao Crismu. “A enfermeira do posto me encaminhou para a ginecologista. Eu fui lá e marquei, esperei ser chamada, fiz o exame com essa médica e fui muito bem atendida. Ela passou uma série de exames e hoje vim aqui fazer um deles, aproveitando o horário da noite”, comenta.
Consciente dos cuidados que precisa ter consigo mesma, a dona de casa Elisabete Sena veio ao centro de referência fazer o exame. “Vejo que é muito importante para nós mulheres fazer esse exame. Eu passei um ano sem fazer e levei um susto. Deu uma alteraçãozinha, nada grave, mas deu um susto. Fica um alerta para nós mulheres. Temos que fazer antes de um ano, porque se tiver alguma coisa, a gente descobre o mais cedo possível. Tem amigas minhas que têm medo. O medo tem que ter de descobrir tarde. Fica o alerta para nós mulheres”, reforça.
Texto: Fabiana Alves
Fotos: Sara Lopes