Semed: Estudantes são medalhistas nas Olimpíadas de Astronomia e Astronáutica
Três escolas municipais de Marabá acabaram de receber as medalhas da 24ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). São 10 medalhas de 7 estudantes, sendo quatro de ouro para o Colégio Militar Rio Tocantins – CMRio (antigo CAIC), na Folha 13, duas de pratas para a escola Professora Izaura de Fátima Nocetti, em Morada Nova, e uma de bronze para a escola Heloisa de Souza Castro, no bairro Liberdade. A premiação foi pelas melhores classificações na prova teórica da OBA, realizada em maio deste ano. Os três professores responsáveis pelo projeto de cada escola também foram premiados com medalhas de honra ao mérito.
A OBA é realizada anualmente com o objetivo de promover, de forma lúdica, o interesse dos jovens pela astronomia, astronáutica e ciências afins. A iniciativa é realizada em conjunto com a Mostra Brasileira de Foguetes e ambas são organizadas pela Sociedade Astronômica (SAB), em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB).
A Olimpíada recebe estudantes de todas as séries do ensino fundamental e médio do país, os quais são classificados por meio do desempenho, compatível com os anos escolares na área de Ciências, especificamente sobre Astronomia e Astronáutica.
Feliz com os resultados dos alunos e professores, Fábio Rogério Silva, diretor de ensino urbano da Semed, enfatiza a importância da participação das escolas nesses eventos nacionais para a educação. “É também se oportunizar a ser criativo em várias áreas do conhecimento e acima de tudo estimular o protagonismo. Ela permite a criatividade. É uma das orientações pedagógicas da secretaria, o protagonismo. A aprendizagem e o protagonismo devem caminhar juntas”, observa.
Escola CMRIO
Da escola CMRio, os medalhistas de ouro são os alunos Pedro Paulo Monteiro e Heloá Alves, do 8º ano. Giovanna Maria Moreira e Vinicius Saymon Feitosa, do 9º ano. Eles se destacaram dentre os 35 alunos que participaram da prova. Na escola foram promovidos aulões na preparação dos alunos que fizeram a prova presencialmente.
“É um símbolo de que tudo é possível e que a gente consegue vencer. Eu estudei bastante”, afirma Pedro Paulo Monteiro.
“Fiquei muito grata, foi um prazer enorme ter participado, estou muito feliz. Saber que foram 50 mil medalhas para todo o Brasil e eu ter ganhado uma delas é maravilhoso”, disse Giovanna Maria.
“É uma medalha que eu sempre tive interesse desde a primeira vez, marcou muito minha vida, fiz amizades durante os aulões preparatórios para fazer essa prova. É a realização de um sonho”, comentou Saymon.
Walguilene Ferreira Gomez da Paz, diretora da escola, enfatiza a importância da conquista para a escola, que teve um média de 35 alunos participando da OBA. “Tem grande significância pra nossa realidade educacional, estamos vivenciando o tempo de pandemia, no entanto o nosso projeto foi bem trabalhado com os alunos e, através dessas medalhas, nós percebemos que houve realmente aprendizagem significativa. Eles conseguiram aprender e acomodar o conteúdo trabalhado pelos professores” pontua.
Escola Professora Izaura Nocetti
Na escola Izaura Noceti, o momento é de felicidade para toda a comunidade escolar. É a primeira vez que a escola de Morada Nova tem medalhistas na OBA. Kauely Castro e a Juliana Alves, de 12 anos, ambas do 6º ano, conquistaram as medalhas de prata na primeira participação nas olimpíadas.
“Fiquei apreensiva em errar tudo. Eu soube hoje que havia ganhado a medalha e fiquei bem alegre”, comemora Kauely.
“Quis participar pra desenvolver mais, estudei livros e outros materiais que eu tinha em casa, eu sabia que havia me saído bem, mas tinha ficado nervosa. Eu me senti muito feliz e orgulhosa da medalha”, enfatiza Juliana.
A pedagoga Francisca Pereira foi a responsável pelo projeto na escola, sendo a 3ª participação dela, e agora foi premiada. Ela enfatiza que a pandemia atrapalhou a preparação dos alunos na escola e a chegada das medalhas foi uma boa surpresa. “É a segunda vez que a escola participa, da primeira vez houve muita participação de alunos, tivemos tempo de prepará-los. Mas esse ano não tivemos tanto tempo. Não imaginávamos que haveria medalhas. Já participei três vezes e foi a primeira vez que recebo uma medalha. Estou satisfeita”, conta a professora.
Pedagoga Francisca Pereira
Escola Heloísa Sousa Castro
A medalha de bronze conquistada pela aluna Carla dos Santos, 15 anos, do 9º ano foi bastante comemorada pela escola Heloisa Castro. A notícia do bronze chegou para a estudante como um presente, no dia do aniversário. “Foi muito interessante, nunca tinha feito uma prova dessas, de astronomia, já havia feito OBMEP, mas foi bem legal! Caiu assuntos que aprimoram nossos conhecimentos, estudei bastante, o professor enviava links. Fiquei muito alegre, era meu sonho conquistar uma medalha na prova nacional”, enfatiza Carla.
Carla dos Santos
Anazion Albuquerque, coordenador pedagógico da escola, observa que a preparação dos alunos foi baseada em aulas on-line e vídeos-aula para aprimoramento dos alunos.
“No caso da OBA, como ela busca o conhecimento dos universos como um todo, a localização do planeta terra, os avanços da tecnologia a nível espacial, como os planetas que compõe o sistema solar e outras galáxias, o aluno foi se aprimorando por meio de simulados e outras provas anteriores que fomos refazendo. Houve uma mobilização da nossa parte. É uma grande satisfação, resultado de um trabalho que apesar de toda dificuldade faz com que a gente se reinvente e tente levar o conhecimento aos nossos alunos”, comenta o coordenador.
Anazion Albuquerque, coordenador pedagógico
Texto: Leydiane Silva
Fotos: Aline Nascimento e Divulgação