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Meio Ambiente: Crime de poluição sonora tem multa de R$ 5 mil a 50 milhões
Nos relatórios da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), a poluição sonora sempre bate recorde de denúncias. O que, talvez, os praticantes desse crime ambiental não saibam é que, de acordo com o Artigo 61 do Decreto Federal 6514/98, a multa para quem é enquadrado no crime de poluição sonora é de de R$ 5 mil a R$ 50 milhões dependendo da situação, caso o acusado seja reincidente o valor inicial é triplicado.
O secretário municipal de Meio Ambiente, Rubens Sampaio, ressalta que durante o ano passado foi firmado um acordo com o Disque Denúncia, e atualmente existe um número expressivo de denúncias relacionadas à poluição sonora.
“Fazemos a fiscalização e quando constatamos a poluição sonora, que é medida com decibelímetro, a gente faz as autuações ambientais, e isso tem ocorrido muito em Marabá. Caso a pessoa seja reincidente a multa será dobrada ou triplicada, dependendo do índice que for medido de poluição sonora. Além de ser aplicada uma ação civil pública, porque encaminhamos para o Ministério Público”, alerta o secretário, destacando que neste momento de cenário pandêmico, onde os locais estão fechados como bares e restaurantes, as pessoas estão fazendo muito [festas] em casa o que gera em consequência a poluição sonora para os vizinhos.
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A lei obriga um limite para poluição sonora, durante o dia o decibelímetro deve marcar ao máximo 55 decibéis e à noite em 50. “As pessoas têm de tomar esse cuidado, se incomodar o vizinho, nós vamos atender ao chamado, vamos medir e, se der poluição sonora, nós vamos autuar”, alerta o secretário de Meio Ambiente, lembrando que atualmente a Semma conta com o apoio da Guarda Municipal, Polícia Militar e outros órgãos que trabalham em parceria.
“Nós estamos numa tratativa com o comandante geral da PM, para trazer o Batalhão de Polícia Ambiental para Marabá, para resguardo do fiscal, ele é o defensor ambiental do que está acontecendo. É um servidor público e está na sua função de cuidar do meio ambiente e ele pode autuar”, salienta Rubens Sampaio, se referindo a situações que os servidores públicos são muitas vezes expostos.
Na tarde de quarta-feira (10), uma equipe de fiscais ambientais atenderam a uma denúncia de poluição sonora que havia sido protocolada na Semma, no Bairro São Miguel da Conquista, numa serralheira. Ao chegar ao local, não foi constatado de imediato a poluição sonora.
“Preliminarmente a gente viu que não estava ligado nenhum aparelho, não constatamos no local a poluição sonora, mas fomos falar com o dono do empreendimento para verificar a questão de licença ambiental, se ele possuía ou precisaria ter essa licença. Constatamos pelo CNPJ que se trata de um MEI e, portanto, não precisa de licença ambiental, porque a atividade de serralheria está dispensada pela liberdade econômica, e as serralherias de até 2 mil metros quadrados, não precisam de licença ambiental”, explica o fiscal ambiental Ítalo Viana. O dono da serralheria foi orientado acerca dos equipamentos que devem ser usados em uma área fechada, para evitar de vazar o som para a casa dos vizinhos, geralmente de onde surgem as denúncias.
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Na Semma, há duas formas de recebimento de denúncias, através do Disque Denúncia, que chega todos os dias naturalmente, sobretudo aos finais de semana para atender poluição sonora, e há possibilidade de ir até a Semma e protocolar denúncias no próprio órgão ambiental. “Temos o nosso controle e vamos atendendo as demandas durante a semana. De todos os atendimentos que fazemos a poluição sonora é sempre o volume maior que atendemos, principalmente aos finais de semana e plantões durante à noite, que realmente é um problema sério e tentamos combater da melhor forma em Marabá”, finaliza Ítalo Viana.
Serviço:
Fiscalização da Semma
Segunda a quinta: 8 às 20 h
Sexta: 20h às 02h
Sábado: 17h às 02h
Domingo: 14h às 01h
Contatos de denúncia do Linha Verde: 3312-3350 / 99233-App do Disque Denúncia
Veja outras fotos:
Texto: Emilly Coelho
Fotos: Aline Nascimento