Meio Ambiente: Órgãos planejam ações integradas de combate a queimadas
Com a proximidade do período de estiagem, os órgãos de combate a queimadas em Marabá já se mobilizam para planejar as ações para este ano. Nesta quarta-feira, 31, representantes de diversas instituições se reuniram no auditório do Ministério Público, no núcleo Cidade Nova, para traçar um plano de trabalho integrado.
A reunião foi coordenada pela promotora de Justiça do Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo, Josélia Leontina de Barros Lopes, e contou com a participação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), da Defesa Civil, da Polícia Rodoviária Federal, do Corpo de Bombeiros, da Guarda Municipal e do Departamento de Postura. Nas próximas semanas, o grupo deve se reunir novamente, inclusive com o envolvimento de outros órgãos.
Segundo o diretor da Defesa Civil de Marabá, Marcos Andrade, cada instituição envolvida desempenha um papel diferente nas ações. “Por exemplo, o Corpo de Bombeiros é a primeira frente no combate ao fogo; a gente, da Defesa Civil, é a retaguarda junto deles. A Semma, além de fiscalizar, tem o poder de multar. O Exército faz o treinamento dos profissionais e tem material bélico para fornecer, caso seja necessário, e assim por diante”, explicou.
O major Wagner Pereira, do Corpo de Bombeiros, ressalta que provocar queimada durante a estiagem amazônica é crime. Mas que, fora desse período, é possível, desde que solicitada para os órgãos oficiais.
“Nós orientamos aos praticantes desse ato que se programem para que façam antes da proibição e se forem fazer, que comuniquem os órgãos responsáveis, como os Bombeiros e a Defesa Civil, para que possamos acompanhar e ter, de fato, uma queimada controlada. E no período de estiagem, quando é proibido, que não façam essa atividade, uma vez que podem perder o controle e ocasionar um grande incêndio florestal e até mesmo correr o risco de alguém perder a vida”, argumentou o militar.
Quase 200 denúncias na força-tarefa de 2022
De acordo com dados da Defesa Civil de Marabá, em 2022, foram atendidas 198 ocorrências no período de estiagem. Quase 50% delas estavam relacionadas a queimadas de lixo em quintais e lotes.
Segundo Josélia Leontina de Barros Lopes, as queimadas provocam muitas consequências negativas para a população, desde problemas respiratórios a fechamento de aeroportos, riscos à saúde animal e até prejuízos à rede de energia elétrica.
“Aqui, em Marabá, é cultural as pessoas colocarem fogo em folhas que caem do quintal e isso provoca um incêndio de dimensões imensas. Uma fagulha que sai de um pequeno fogo no fundo do quintal pode causar um grande incêndio e prejudicar milhares de animais ou centenas de famílias. Toma uma proporção enorme assim que foge do controle”, afirmou a promotora de Justiça.
Canais de denúncia
- Disque Denúncia: (94) 98198-3350 | 3312-3350
- Defesa Civil: (94) 3321-8990
- Bombeiros: 193
- Polícia Militar: 190
Texto: Aretha Fernandes
Fotos: Secom