Mês da mulher: “Sou da geração que se fez protagonista da própria história”, diz secretária de Assistência Social
O trecho da canção “Mulher”, de Erasmo Carlos “Dizem que a mulher é o sexo frágil/ Mas que mentira absurda/ Eu que faço parte da rotina de uma delas/ Sei que a força está com elas/ Vejam como é forte a que eu conheço/ Sua sapiência não tem preço” descreve bem a rotina da secretária Municipal de Assistência Social Proteção e Assuntos Comunitários, Nadjalúcia Oliveira Lima. Ela está nada mais nada menos que 24 anos na pasta, onde já foi secretária interina e adjunta, porém é a primeira vez que ocupa o alto escalão de uma secretaria com mais de 300 servidores a gerenciar.
Para Nadjalucia Oliveira, atualmente se trata de um desafio ser mulher, porque há um embate quer seja nas relações pessoais, trabalhistas ou familiares. “Você tem de abdicar de algumas coisas, para avançar em outras. Retroagir para que você ganhe naquilo que você almeja”, detalha a servidora pública por escolha, assistente social por vocação e ainda empresária na rede hoteleira, mas esta última função ela deixa para segundo plano.
“Ser assistente social é algo intrínseco na minha pessoa. Sabemos que é um grande desafio principalmente ser secretária de Assistência Social para uma cidade como Marabá, porque difere de todos os aspectos das demais, geograficamente ela é cortada. Muitas cidades no Pará e no Brasil tem uma cultura muito própria e aqui não temos a identidade cultural. Nós temos muitos problemas na área social, já avançamos e temos de avançar muito mais”, lembrou ela, que enquanto titular da pasta criou vários serviços, destacando a preocupação não apenas com a beleza da cidade, mas sobretudo, com as pessoas.
Na concepção de Nadjalúcia, as palavras sensibilidade e ação devem caminhar juntas. Prova disso, foi a sensibilidade de criação do acolhimento para pessoas idosas, como também para pessoas de rua. A secretária de Assistência Social ressaltou, além disso, a constituição do Plantão Social. “As pessoas no final de semana buscavam atendimento social e não encontravam, não tinha nada de referência. Hoje temos técnicos que prestam serviço social aos feriados e finais de semana. Isso faz melhorar as condições de vida das pessoas, lutamos por melhores serviços”, esclarece ela.
A assistente social destaca que é imprescindível que o imposto que a população paga se torne concreto nas ações de políticas públicas efetivas. “Marabá é uma referência de gestão pública porque tem conquistado políticas públicas para a população, e ela quando vê seu imposto concretizado em serviços ela cria uma autoestima e valoriza isso, e toda sociedade ganha”, sintetiza ela, encerrando que participar desse momento é muito desafiador, porém uma experiência gratificante. “Fico encantada com que está acontecendo no município e quero dar a minha contribuição, enquanto profissional e mulher”.
Texto: Emily Coelho
Foto: Paulo Sérgio