Segurança: Patrulha Maria da Penha já prepara campanha Laço Branco para o próximo mês
No mês de novembro, a Guarda Municipal de Marabá, por meio da Patrulha Maria da Penha em parceria com a rede de proteção de Violência Doméstica contra mulheres, vai lançar a segunda Campanha do Laço Branco no município. Um período de intensificação de defesa e luta contra a violência doméstica e que tem os homens como público-alvo.
A campanha tem como subtema “Homens pelo Fim da Violência contra a Mulher”. A programação está prevista para acontecer entre os dias 21 de novembro a 06 de dezembro. Vale ressaltar que a ação faz parte do movimento 16 dias de ativismo, uma campanha internacional que também está sendo preparado para o próximo mês no município.
O Inspetor Roberto Lemos, coordenador do da Patrulha Maria da Penha pela GMM, explica que, à luz da Lei Federal 11.489 de 2007, a realização da campanha em Marabá é instituída pela legislação municipal nº 18.063 aprovada em outubro de 2021 e tem como objetivo sensibilizar, envolver e mobilizar a sociedade civil no engajamento pelo fim da violência contra a mulher.
“A campanha é idealizada pela Patrulha Maria da Penha e se trata principalmente da questão da violência doméstica, onde os homens entram nessa luta. Fazem parte do combate à violência doméstica. É uma forma do homem dizer que também não aceita”, destaca o inspetor.
A campanha Laço Branco existe há 25 anos, originada no Canadá, quando um jovem de 25 anos entrou armado em uma escola e atirou contra 14 mulheres alegando que odiava feministas. Em seguida, ele suicidou-se e deixou uma carta com uma lista de 19 feministas que pretendia matar. Desde então, homens canadenses lançaram a campanha para mostrar ao mundo que, apesar de existirem agressores de mulheres, há também os que repudiam e não se calam diante da violência.
“Essa campanha se estendeu pelo mundo inteiro. Por isso é que se faz essa campanha. A luta é de todos. O homem tem de fazer parte desse sistema. A gente só consegue vencer e diminuir este crime quando os dois, homem e a mulher, entram nessa luta. Estamos chamando os homens justamente para eles não aceitarem ou pactuarem, pra dizer que nós homens não aceitamos esse tipo de violência”, alerta o inspetor.
Ainda segundo o coordenador, a campanha será realizada em todos os núcleos da cidade, mas deve avançar pra zona rural com foco nas vilas. A ideia é fazer panfletagens, reuniões, palestras, nas escolas e comunidades pra mobilizar a sociedade a refletir sobre a temática e se conscientizar da importância do combate a esse crime.
Texto: Leydiane Silva
Fotos: Secom PMM