PROCON: Órgão alerta consumidores para novas modalidades de golpes bancários aliados à tecnologia
Já ouviu a frase: “O golpe tá aí, cai quem quer”. Pois é, não é bem assim. Os golpes podem ser frutos da falta de orientação e o Procon de Marabá está disponível para atender à população.
A era da tecnologia possibilitou agilidade para transações bancárias, mas infelizmente abriu portas para diversos golpes ainda mais sofisticados, que os tornam mais parecidos com uma situação real, como as ligações falsas para solicitar senhas da conta ou ida à agência bancária em horários em que não há expediente físico. Com isso, muitos usuários caem nas fraudes, porém poucos procuram seus direitos e arcam com o prejuízo financeiro sozinhos. São nessas situações que entra em cena o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), responsável em orientar e solucionar problemas como este. Segundo a coordenadora do Órgão, Zélia Souza, somente no ano passado, cerca de 120 ocorrências dessa modalidade foram registradas na unidade de Marabá, localizada na Marabá Pioneira.
Nova modalidade de golpe virtual: Após receber uma ligação falsa, como se fosse do Banco, o consumidor vai ao Banco e procura o caixa, os hackers novamente ligam para fazer orientações incorretas e assim conseguir o acesso à conta desse consumidor, fazendo empréstimo e pix de imediato.
“Temos uma modalidade nova que o consumidor marabaense tem sofrido. Ele recebe uma ligação dizendo que é do banco, avisando que houve uma tentativa de acesso à conta dele e que ele precisa ir ao banco mudar a senha. Olha só a confiança que o consumidor tem neste momento porque o direciona à instituição financeira dele. No momento que esse consumidor vai ao banco e procura o caixa, os hackers novamente ligam para fazer orientações incorretas e assim conseguir o acesso à conta desse consumidor, fazendo empréstimo e pix de imediato. Quando o consumidor percebe que caiu em golpe, ele já não tem mais acesso à própria conta, porque o domínio dela já é do hacker”, explica.
A coordenadora afirma que vários consumidores de Marabá já sofreram golpes desse tipo, entre todos os níveis de escolaridade, como advogados, professores e reitera que o Procon sempre chama atenção da população sobre os cuidados com os dados pessoais, principalmente quando se trata de instituição financeira. “Marabá já tem consumidor que sofreu esse tipo de prejuízo, com mais de 70 mil reais de empréstimo. E por isso a gente tem muita preocupação, principalmente com o público idoso”, expõe.
Outro fator importante é a postura da instituição financeira perante o consumidor, obrigada a realizar o “Bloqueio Cautelar” da conta bancária que recebeu o valor, conforme a Resolução nº 147, do Banco Central do Brasil. Para isso, o usuário deve comunicar imediatamente ao banco. “A resolução diz que o banco deve analisar o perfil daquele consumidor. Se esse consumidor costuma fazer essa transação e a chave PIX que está recebendo, inclusive o banco é obrigado a fazer o bloqueio dessa chave. Se ele faz o bloqueio dessa chave, o dinheiro fica parado na conta do criminoso. É o que nós chamamos de medida cautelar dessa conta. É obrigação do banco. Não é favor da instituição financeira para o consumidor. Ela deve fazer esse bloqueio cautelar para evitar justamente isso, que o consumidor caia em golpes. Agindo dessa forma, vai evitar que o consumidor caia em golpe e vai conseguir depois montar todo um processo para cancelar esse contrato sem ônus nenhum para o consumidor”, esclarece.
Vale lembrar que o consumidor deve ser o primeiro fiscal de si próprio. A melhor forma de evitar esses golpes é procurar a agência bancária de imediato, antes de efetuar qualquer operação para confirmar se o contato é realmente verdadeiro.
“Se você recebeu uma ligação dizendo que é de banco, instituição financeira, não faça nenhuma transação via celular, computador ou caixa eletrônico. Procure a gerência do banco, o funcionário físico do banco. Eu creio que não vai diminuir esse crime, muito pelo contrário, deve aumentar. Mas o consumidor precisa ficar atento a esses detalhes e a partir do momento que ele fiscaliza, tem que cobrar do banco, né? A partir do momento que ele recebe uma ligação dessas, deve comunicar ao banco na hora, pois o banco tem os meios dele para resolver isso, porque ele é o detentor da tecnologia. Então é ele que tem que dar segurança ao consumidor”, finaliza a coordenadora do órgão.
Serviços
Para abertura de qualquer procedimento no Procon de Marabá, é necessário apresentar os seguintes documentos:
Documentos pessoais (RG, CPF, etc.);
(Original e 1 cópia)
Endereço completo do consumidor e CNPJ e endereço do fornecedor;
Comprovantes da relação de consumo (notas fiscais, tiquetes, contratos, recibos, faturas, extratos, papeletas de cartões de crédito, guias de pagamento, orçamentos, ordens de serviço, etc.); (2 cópias;
Peças publicitárias (folhetos, panfletos, encartes, vídeos, etc.); (2 cópias)
O PROCON funciona de segunda a sexta, das 8h às 14h, e o telefone para contato é o (94) 3322-5651
Texto: Sávio Calvo
Fotos: Sávio Calvo e Arquivo Secom