Dia das Mães: Profissão que inspira amor e maternidade
A única pessoa maior que do a mãe, é Deus. Ser mãe é carinho, dedicação, dor, sofrimento, felicidade, alegria, cuidado. Eu queria que a minha mãe fosse eterna e colocar um filho no mundo é algo mágico, Nilma.
Todos os dias, dezenas de gestantes entram pelas portas do Hospital Materno Infantil (HMI) e saem de lá mamães. Ao entrarem são acolhidas por um time de enfermeiras, treinadas, que amam o que fazem. Entre essas profissionais dedicadas estão a enfermeira obstetra Domingas Aquino Lobato, de 71 anos, e a enfermeira Nilma Teixeira Nunes, de 61 anos. As duas são chamadas de “mães” pelos colegas do hospital, tanto pelos anos de experiência, quanto pelo carinho com que cuidam dos pacientes e funcionários.
Além dos anos atendendo outras mães, as duas também têm a experiência de passarem pela maternidade. Domingas possui três filhos, Jorge, Marcelo e Jorgeane, os quais possuem 35, 30 e 27 anos respectivamente. Ela comenta que, na época que pariu, as coisas eram bem diferentes. “Eu não tive isso de acolhimento. Isso é novo. Também não separamos a mãe dos bebês. Quando tive meus filhos, as coisas eram diferentes, hoje há mais cuidado. Mas foi muito bonito, fazer um parto, é bonito demais”, comenta.
Já Nilma é mãe de dois filhos, Bruno e Érika, que também atuam na área da saúde. “A única pessoa maior que do a mãe, é Deus. Ser mãe é carinho, dedicação, dor, sofrimento, felicidade, alegria, cuidado. Eu queria que a minha mãe fosse eterna e colocar um filho no mundo é algo mágico”, comenta.
Para a diretora de enfermagem do HMI, Vanice Costa, as duas possuem outro filho, ela própria. “As duas foram minhas professoras. Já atuei com elas, como voluntária, enfermeira, estagiária. Elas sempre foram mães de todos, sempre tentam ajudar. Elas acolhem a gente. Sempre cuidaram de mim. Esse é o significado de eu chamar elas de mãe”, revela.
Nilma e Domingas
Domingas responde: “Me sinto muito importante quando me chamam de mãe, sempre sinto como se fosse minha filha mesmo”.
Já Nilma relembra o período que ficou 108 dias internada, sendo 16 entubadas lutando contra Covid-19. “Foram quase quatro meses internada em uma UTI e a Vanice me deu a mão e me ajudou no que pode. Devo minha vida à Deus e depois ao pessoal do hospital. Nunca me deixaram na mão, sempre me ajudaram, fico muito orgulhosa por me chamarem de mãe”, agradece.
O HMI funciona em forma de rodízio, e cada uma delas atua em setores diferentes há cada três meses, desde a ala obstétrica, pediátrica ou acolhimento. Atualmente, elas estão no acolhimento. “Fazemos o trabalho no acolhimento desde a entrada na maternidade até o momento do parto. É o primeiro atendimento com a gestante que entra. A gente faz palestras, orienta e explica como funciona a maternidade e depois tem o atendimento individual, aí a internação, passa pelo médico e vai para o centro obstétrico para realizar o parto”, explana Domingas.
Uma das mamães que passou por esse processo foi Evelin Fernandes, 21 anos, ela teve o primeiro filho no HMI, Ethan, 28 dias. “O atendimento foi bom. Médicos foram atenciosos, tive um bom acolhimento. Recebi toda a atenção e cuidados das enfermeiras. Mas confesso que doeu bastante”, conta.
Esse é o primeiro filho de Evelin e a nova mamãe confessa que está emocionada com a proximidade do Dia das Mães, que esse ano cairá em oito de maio. “Para mim é surreal. Confesso que não esperava ter filho tão cedo. Mas o que a gente sente não tem explicação. A gente simplesmente se apaixona, é um amor difícil de explicar. Ficamos bobos nas nuvens”, complementa.
As duas enfermeiras, que atuaram no parto de Evelin, também se emocionam com a chegada da data especial. “Me sinto orgulhosa de ser mãe e de ser avó. Tenho técnicas em enfermagem que me ligam para dizer, que estão longe de mim e que sentem saudades. Me sinto realizada e feliz. Peço a Deus para que possa viver mais e continuar ajudando”, acrescenta Domingas.
Já Nilma se emociona com a data ao lembrar da mãe, de 83 anos: “É o dia mais especial, não deveria ser só um dia. É uma vida toda, entendeu. Se hoje Deus me desse um pedido, eu queria que minha mãe fosse eterna, se ela se for, eu não sei se suportaria. Mãe para mim é tudo na vida. Na época que tive Covid, lembrava muito da minha mãe que não podia estar do meu lado pela idade que ela tem”, comenta.
Ela completa pedindo aos filhos que aproveitem a companhia das mães. “Enquanto ela está viva, com a gente, fiquem perto, façam companhia, porque depois que se forem não adianta mais. Mãe é uma palavra pequena, mas é muito maior que o céu. Amo minha mãe”, pede ela com lágrimas nos olhos.
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Aline Nascimento