Seaspac: Feira do Pôr do Sol retorna com variedades em artesanato e comidas típicas

Neste domingo, 4 de junho, a Orla de Marabá voltou a ter a realização da Feira do Pôr do Sol, que retornou após o período de chuvas, com 40 barracas voltadas para o artesanato e culinária.

Uma delas é de Iracema Cristina Saraiva, 36 anos, que há quatro anos trabalha com bolos e doces, dos quais dois são na Feira do Pôr do Sol. Ela conta que trazer seu trabalho para a feira, além da venda em casa, rendeu bons resultados para o negócio.

“A nossa expectativa para esse ano é mostrar os nossos produtos novos, nossos doces. A nossa expectativa é vender bastante esse ano. Algumas pessoas já nos conhecem e sempre vão à nossa procura, atrás do nosso trabalho, dos nossos doces. O pessoal pode demonstrar o seu trabalho, pessoal do artesanato, pessoal que trabalha com comidas típicas. Cada um demonstra o seu dom aqui. É um espaço importantíssimo para cada um”, ressalta Iracema.

A Feira do Pôr do Sol existe desde 2019 e é um espaço importante de divulgação do trabalho de muitos profissionais. Em 2023, 12 artesãos são novatos e têm uma barraca no espaço. Uma delas é Carolina Moreno, 43 anos, que trabalha com velas aromáticas e home spray, que é uma solução líquida usada para perfumar ambientes.

Vinda do Recife há quatro anos, ela compartilha que já trabalhou com outros tipos de artesanato desde 2007, como scrapbook e caixinhas de MDF, difusores de ambiente, por exemplo. Há seis meses, se dedica às velas aromáticas. Ela, então, soube da existência da Feira do Pôr do Sol, por meio de um grupo de whatsapp, e se inscreveu.

“O objetivo é as pessoas conhecerem o meu trabalho e possam utilizar mais velas aromáticas em suas residências, trabalho, escritórios, consultórios. Eu amo essências, cheiros. Eu acho que tudo a ver você estar com bem-estar em casa, deixar aconchego, e vela transmite isso  para todo mundo”, pontua.

O coordenador da Feira, Hildo Tavares, comenta sobre as expectativas para esse novo ciclo e o impacto desse espaço no trabalho das pessoas, que têm barracas na Feira do Pôr do Sol.

“Nós estávamos todos ansiosos por esse momento do retorno da nossa Feira do Pôr do Sol, cada vez mais agregando os artesãos locais, tanto a parte de artesanato, quanto a parte de culinária. O nosso objetivo, na verdade, é além de divulgar, elas tenham a oportunidade de comercializar seus produtos. Esse espaço foi criado com esse objetivo”, declara.

A feira, nesse sentido, torna-se um excelente ponto de atração turística em um dos principais cartões-postais da cidade, que é a Orla de Marabá.

Atração que chamou a atenção das turistas cariocas Rosane Rosa e Glória Oliveira, que ficaram encantadas com a cidade. Rosane explica que foi sua primeira vez na Marabá Pioneira e que não tinha ideia da beleza do Rio Tocantins ao pôr do sol, na orla.

“Eu estou amando a Feira do Pôr do Sol. É a primeira vez que venho aqui na Marabá Pioneira, na orla, com esse Rio Tocantins lindo. Eu não tinha ideia que era assim. Estou achando maravilhosa essa feira; o pessoal é muito acolhedor, acolhem com maior carinho. Essa receptividade de vocês é excelente. E o calor supera tudo isso por esse carinho que estão tendo com a gente. Obrigada. A importância desse espaço é a gente não deixar morrer a nossa cultura; valorizar o artesão local. A gente tem que, cada vez mais, valorizar essas produções locais”, explana a professora.

Glória Oliveira também é professora e conta por que elas escolheram Marabá como destino da viagem turística. “Já tinha ouvido falar, a relação do rio e hoje viemos aqui para poder ver esse pôr do sol, conhecer a feirinha. É maravilhoso. Estou adorando. Não tenho palavras. É uma emoção, é um desenho que a natureza pinta. É fundamental, essencial. Parabéns ao pessoal da terra. Muito bom”, comenta.

Claudete Santos trabalha com artesanato feito a partir de madeira, sementes e outros materiais naturais. É o segundo ano que ela participa da Feira do Pôr do Sol expondo os acessórios que produz.

“Sou artesã há mais de 25 anos porque começou como terapia e expandiu para uma renda. A Feira do Pôr do Sol é de suma importância porque valoriza o pequeno produtor, nós que somos artesãos e que gostamos de produzir. Nada melhor do que ter um espaço para a gente poder desenvolver, poder vender. A expectativa é maravilhosa. Estamos aqui só aguardando os visitantes”, destaca a artesã.

A Feira do Pôr do Sol acontece todos os domingos das 17h às 22h. Durante o 36° Festejo Junino, a feira estará na Arena Z30 onde ocorrerá a programação. Além disso, os artesãos estarão presentes na Expoama.

Os artesãos que tiverem interesse em expor os trabalhos e se inscrever no cadastro reserva da feira, é só procurar a Secretaria Municipal de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários (Seaspac), na Agrópolis do Incra, no bairro Amapá.

Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Paulo Sérgio Santos