SAMU: Central de Regulação tem orientação médica 24 horas
O Samu – Unidade Marabá Carajás- atendeu na primeira quinzena de abril 273 ocorrências de COVID-19
Em tempos de pandemia do novo coronavírus, a Central Regional de Regulação de Urgência (CRRU- Carajás – Samu 192), trabalha com orientação médica prioritariamente, tendo sua demanda de atendimento 24 horas do corpo médico aumentada, devido os crescentes casos da COVID-19. A Central de Regulação também foi ampliada e transferida para o prédio da Seaspac, na Agrópolis do Incra. Pacientes com suspeita de coronavírus que ligarem no 192 serão acompanhados, dependendo do caso, podendo ser removidos para o Hospital Municipal de Marabá (HMM), ou até mesmo receber oxigênio suplementar.
A coordenadora do CRRU- Samu 192- enfermeira Walternice dos Santos Vieira, explica que mesmo com a chegada do coronavírus, o protocolo de remoção do Samu não alterou. O Samu 192 sempre fez a remoção, a busca do paciente para levar para unidades hospitalares adequadas, de acordo com o tipo de sintomatologia que as pessoas estejam apresentando. “É importante frisar que a nossa central de regulação sempre trabalhou com a orientação médica. Agora [devido ao coronavíus], a demanda de atendimento médico foi aumentada para três médicos 24 horas, na Central de Regulação, a fim de fazer a escuta médica”, ressalta Walternice.
A coordenadora recomenda que caso o paciente sinta qualquer tipo de sintoma, sendo relacionada a COVID-19, ou a qualquer outro tipo de doença, deve ligar para 192 e será atendido, orientado quanto ao próximo passo que deve tomar.
“Nem sempre a ambulância vai fazer a remoção do paciente. Ela é feita de acordo com os sintomas que podem ser leves, moderados e graves. Pelo fato de ter três ambulâncias no município, ela vai lá para atender o paciente em casos moderados a graves. A pessoa que ligar pode ser informada que pode procurar ou uma Unidade Básica de Saúde, ou ficar apenas em isolamento domiciliar, e com as orientações adequadas, ou ainda se pode ser removida para o HMM, que é nosso hospital de referência para levar os pacientes da COVID-19”, explica Walternice.
A enfermeira conta que nos últimos dias o município passou por um pico muito grande no aumento dos casos de coronavírus. “Inevitavelmente, todas as nossas equipes têm histórias para contar de vidas salvas pelo Samu. Houve pessoas em casa em que levamos o oxigênio suplementar para ela conseguir chegar ao Hospital, e lá ser entubada ter o reservatório de oxigenação adequado, realmente faz diferença na vida dessa pessoa. Não só pelo fato de prestar o atendimento no hospital ou pré-hospitalar, mas pelo fato de acalmar e levar acalento para os familiares e o paciente, e faz uma diferença enorme, até mesmo na oxigenação do cérebro”, declara Walternice.
Quanto ao isolamento, Walternice lembra que trouxe uma calmaria para o Samu, onde o serviço teve baixa de ocorrências traumáticas, psiquiátricas, todavia elas nunca pararam de acontecer. Concomitante com a COVID-19, o Samu trabalha com as outras ocorrências. No Serviço Móvel de Urgência, uma ambulância está destinada exclusivamente para fazer o transporte exclusivo do paciente com coronavírus. O quantitativo de servidores da saúde que trabalham na ambulância vem do Ministério da Saúde dependendo do número da população.
AMPLIAÇÃO
Dentro da Central de Regulação o número de telefonista foi aumentado, assim como de médicos e o local foi ampliado. Hoje a Central de Regulação funciona na sede da Seaspac, para aumentar o distanciamento entre o médico, telefonista, radio-operador, trabalhando dentro de uma segurança maior, dentro do próprio local de serviço, e ainda houve aumento de mais duas pessoas para atendimento.
Todos os dias dentro da central 24 h trabalham três telefonistas, um rádio operador, e três médicos. Em cada ambulância há um condutor socorrista e um técnico de enfermagem. Na UTI móvel há um médico, um enfermeiro e um condutor socorrista.
“Nossa central é de suma importância pois atende chamadas de 17 municípios da região. Ela é muito solicitada na redondeza, tendo um trabalho árduo, e tem de ter um preparo especial para isso, tanto psicológico quanto de manejo das pessoas. As pessoas as vezes reclamam dizendo que fazemos muitas perguntas para envio da ambulância, mas elas são necessárias para enviarmos a ambulância correta para salvar a vida, as vezes tem de ser a ambulância com o médico” especifica ela.
O atendimento psicológico é importantíssimo para acalmar a pessoa antes da ambulância chegar, para que a ambulância possa fazer um bom trabalho falando o endereço correto e as vias de acesso.
NÚMEROS
- O fluxo de atendimento na CRRU- Carajás de 1 a 15 de abril foi no total de 1210 ocorrências. Os casos clínicos foram 414; trotes, quedas e informações 280; casos de COVID-19 273; coronavírus em demais municípios 12; acidentes de trânsito 115; psiquiátrico 48; transportes 40; e pediátrico 08 casos.
Texto: Emilly Coelho
Fotos: Sérgio Barros