SAÚDE: AGENTES DE SAÚDE RECEBEM ORIENTAÇÃO SOBRE O USO DE AGROTÓXICOS
Agentes de endemias, agentes comunitários de saúde e profissionais da Vigilância Ambiental de Marabá, participaram nesta quinta-feira (30), de um treinamento sobre os cuidados no uso e contatos com produtos tóxicos em ambientes urbanos e rurais, promovido pela coordenação de Vigilância em Saúde, Vigilância Ambiental, Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde e Diretoria de Vigilância em Saúde da Sespa (Secretaria de Saúde Pública do Pará). Participaram também do treinamento profissionais da Adepará (Agência de Desenvolvimento Agropecuário do Pará).
O auditório de uma faculdade particular em Marabá ficou lotado de agentes para acompanhar as orientações. Foram apresentados diversos produtos altamente prejudiciais à saúde, e que muitas vezes os agentes têm contato direto com eles. Além disso, são repassadas também orientações para que sejam adotadas e repassadas aos agricultores, no caso de agrotóxico, e moradores da cidade, no caso de inseticida e outros venenos de uso doméstico.
No caso do agrotóxico, a orientação é que o agricultor só possa adquirir o produto em loja agropecuária com cadastro na Adepará e que esteja devidamente inspecionada pelos agentes do órgão. Também são orientados a armazenar o produto em espaço separado, fechado na chave e com ventilação, e que durante o uso que o agricultor esteja devidamente utilizando os equipamentos de proteção individual como determina a legislação e nunca inalar.
Com relação aos venenos de uso doméstico, é preciso redobrar a atenção no armazenamento. Inseticidas, como baygon, SBP e outros, ter cuidado ao ser manuseado, evitar a inalação e sempre seguir as recomendações indicadas no próprio rótulo do produto. Geralmente o uso excessivo e sem orientações podem causar acidentes, em alguns casos fatais.
A enfermeira Fernanda Miranda, diretora do departamento de vigilância em saúde da secretaria municipal de saúde de Marabá, explica a relevância desse treinamento para os agentes em saúde. “Nós estamos em uma área que existe muito o uso de produtos agrotóxicos, e esses profissionais estão em contato direto com os agricultores, é preciso levar mais informações sobre os riscos do contato com esses produtos”, enfatizou ela.
Segundo a enfermeira, uma atividade inerente ao trabalho da própria vigilância em saúde é o acompanhamento de famílias em todos os sentidos, inclusive nesta orientação que também requer um cuidado especial por parte do agente, para que acidentes com produtos tóxicos não possa acontecer dentro das residências.