Saúde: Departamento de endemias e vigilância ambiental alerta sobre o uso de agrotóxicos na produção de alimentos
O Departamento de Endemias e Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) atua no acompanhamento de produtos, que são consumidos pela população e que podem causar intoxicação por meio do uso de agrotóxicos nas lavouras e pastos.
O tema foi abordado durante fórum realizado no último dia 17, promovido pelo Ministério Público Estadual, na Câmara Municipal de Vereadores, sobre agrotóxicos. Durante o evento, foi mostrado que Marabá é um dos municípios que estão atentos a essa questão de intoxicação, com todo o acompanhamento por meio da Vigilância em Saúde a Pessoas Expostas a Agrotóxicos (Vespea).
“Cada brasileiro hoje consome, em média, 7 quilos de agrotóxico por ano. Todos nós, todo dia, consumimos nossa dose diária de agrotóxico. Isso é eu, é você, é todo brasileiro. Desde que a gente implantou o VESPEA em Marabá, a gente começou a buscar os casos de intoxicação. Marabá saiu na frente no estado. O município é o que mais notificou o caso de intoxicação por agrotóxico no estado, e estamos notificando para combater o uso excessivo de agrotóxico em nossa região”, frisou Amadeu Moreira, Coordenador de Endemias e Vigilância Ambiental.
Em reunião com os gerentes de Unidades Básicas de Saúde, foi ajustado uma busca nas notificações de pacientes intoxicados e uma pesquisa que aponte qual a origem do alimento.
“Essa reunião na verdade foi uma forma de motivar o gerente dos postos de saúde, do hospital, das nossas instituições de saúde a continuarem essa busca, só que agora com mais atenção, de pessoas infectadas por agrotóxicos. Imagine agora se toda a rede começar a buscar isso com atenção”, informa.
De acordo com Amadeu Moreira, o uso de agrotóxico tem avançado muito nos últimos anos em todo país, aumentando em hortas, pastos de fazendas e outros setores da economia de alimentos.
“Imagine por exemplo o dono de horta, os fazendeiros aplicando agrotóxicos de alguma forma nos seus pastos, esse agrotóxico hoje não é mais nem feito por aviões, é por drones, sabe, é uma técnica que está sendo utilizada, muito comum, e esse agrotóxico ele vai para o solo, quando chega o inverno a água escorre para onde? Para dentro dos igarapés, das grotas e vem parar no rio. Lembrando que nossa água de Marabá, a nossa concessionária, faz captação direta do rio Tocantins”, aponta Amadeu Moreira.
Texto: Victor Haôr
Fotos: Secom / Divulgação SMS