Saúde: Atendimento de qualidade à população na UBS Demósthenes Azevedo
A Unidade Básica de Saúde Demósthenes Azevedo, no bairro Francisco Coelho, foi uma das primeiras a receber serviço de revitalização na atual gestão municipal. Além de receber serviços de pintura, troca de fachada, revisão da cobertura, parte elétrica e hidráulica, o espaço interno do prédio foi otimizado para garantir mais salas funcionais. A UBS funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h.
Rosângela Martins é gerente da UBS e servidora há 22 anos. Acompanhou todas as mudanças pelas quais o prédio passou e fala sobre as melhorias que vieram com a última revitalização feita na unidade de saúde.
“Fomos agraciados com esse trabalho. Então, toda a estrutura da unidade foi revitalizada. Os espaços foram aproveitados, otimizados para que a gente pudesse receber da melhor maneira possível o nosso público. A gente teve todos os ambientes climatizados e a questão de comodidade e conforto para os pacientes. Isso foi o que mais impactou. Já tem um tempo, mas vocês podem ver que está conservado”, pontua a gerente.
De lá para cá, o prédio continua conservado e oferece aos moradores do bairro e demais áreas atendidas todos os serviços ofertados por uma UBS. “Nós temos todos os programas dentro da UBS. A gente tem a vacina, o teste do pezinho, PCCU, tratamento para tuberculose e hanseníase. Temos pré-natal, que é demanda espontânea. Na UBS atendem quatro enfermeiras, sendo duas pela manhã e duas à tarde, de forma que tem sempre alguma aqui para assistir à gestante ou para a realização do preventivo que é demanda espontânea também”, ressalta.
Uma das bases de atuação da UBS é o Programa Saúde da Família que atualmente conta com 11 agentes comunitários de saúde (ACS). Cada ACS é responsável pelo cadastro de 750 pessoas e não mais 150 famílias como antes preconizava a Política Nacional de Atenção Básica do Ministério da Saúde. Ao todo, são 8.250 pessoas cadastradas junto ao banco de dados da UBS.
A unidade também atende áreas descobertas e ribeirinhas onde não há UBS´s próximas como na região próxima à Vila Capistrano de Abreu, Vila São José e próximo à Vila Brejo do Meio. São dois médicos que juntos realizam quase 170 atendimentos por semana contando consultas na UBS e visitas domiciliares a pessoas que não podem se locomover à unidade, como idosos e pessoas acamadas.
Segundo a gerente, o conceito de empatia é sempre trabalhado com os servidores que fazem parte do quadro da unidade. Nesse sentido, eles sempre são orientados a se colocarem no lugar do outro para garantir um bom atendimento. “A empatia, dentro da nossa UBS, é o que a gente costuma fazer e isso eu acho que é o nosso diferencial. E quem vem aqui diz que sente em outro lugar”, ressalta.
Durante o ápice da pandemia de Covid-19, a UBS não parou e, apesar das dificuldades impostas pelo momento, os serviços funcionaram normalmente. Algo que foi posto em prática durante a fase aguda da pandemia e que perdurou até hoje foi o agendamento das consultas com cada paciente sendo atendido em horário marcado a fim de diminuir a aglomeração e agilizar o atendimento.
De acordo com a gerente foi perceptível a mudança no quadro após o início da vacinação com a diminuição no número de atendimentos relacionados à doença “A gente ainda atende casos de Covid, mas não na intensidade que tinha há um ano e meio. A vacina veio como um divisor de águas, de fato”, reitera.
A enfermeira Terezinha Carneiro trabalha há 25 anos na UBS Demósthenes Azevedo e atua nos programas da atenção básica voltados para crianças de 0 a 5 anos, gestantes, hipertensos, diabéticos e pessoas que realizam tratamento de tuberculose e hanseníase. Ela compartilha o sentimento em trabalhar para a comunidade. “Eu tenho 30 anos de formada. Sempre trabalhei na saúde pública, nessa questão de ir na casa do paciente, na Estratégia Saúde da Família. Na vida inteira trabalhei assim, em contato direto com a comunidade”, observa a enfermeira.
“Para ser enfermeira, a gente precisa gostar do trabalho porque é um trabalho que você está no dia a dia perto da comunidade.”
A dona de casa Rosimeire Furtado trouxe o filho Luiz Gustavo, 3 anos, que está com sintomas de gripe, para se consultar com a enfermeira Terezinha. Ela fala um pouco sobre o atendimento. “Eu venho mais trazer ele aqui para se consultar. Tomo todo mês minha injeção anticoncepcional aqui. Faço PCCU. Eu acho bom, ela (enfermeira) é boa, gosto de vir com ela. Eu gosto do serviço deles aqui, é bom”, observa a dona de casa.
Já Ozenor Sousa, 59 anos, mora há 28 anos no bairro Francisco Coelho. Ele é diabético e hipertenso e conta que gosta do atendimento da unidade e que, frequentemente, vai à unidade para ver como está a saúde. “É bom. Eu gostei daqui. Tem muitos anos que eu me consulto aqui. Vim renovar minha receita que eu perdi a receita nova que eu recebo todos os meses e não sei onde deixei. Todo mês eu recebo. Insulina, remédio para pressão. Pego a receita e pego (os remédios) no São Félix. Todo mês eu gosto de vim aqui para eu ver como estou. Sou diabético, operado do coração. Já tomei as três doses da vacina (Covid-19)”.
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Paulo Sérgio
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