Saúde: CCZ intensifica combate ao mosquito da leishmaniose
Estão previstas múltiplas atividades para combate ao mosquito e consequente redução da leishmaniose visceral
Nesta quarta-feira, 13 de novembro, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) entregou à Secretaria Municipal de Saúde o plano de intensificação do combate ao mosquito palha, também conhecido na região como “tatuquira”, transmissor do protozoário da leishmaniose, considerando que a doença do tipo visceral tem diminuído em humanos, mas sem redução em cães, que são os hospedeiros intermediários do microrganismo.
De acordo com o médico veterinário do CCZ, Nagilvan Amoury, a primeira ação, em data a ser confirmada, deve acontecer ainda este mês, começando pelos setores com maior infestação do mosquito, apontados em recente levantamento entomológico, que detectou a presença do mosquito dentro e nos arredores dos domicílios, definindo o respectivo quantitativo de machos e fêmeas, para análise do potencial de reprodução.
No total, 11 bairros apresentaram considerável presença do mosquito palha, sendo a maior infestação na Marabá Pioneira, seguida pela Folha 23, na Nova Marabá e Jardim Belo Horizonte, no núcleo Cidade Nova.
Conforme o Plano de Ação, estão previstas múltiplas atividades para combate ao mosquito e consequente redução da leishmaniose visceral. Essas ações em maior ou menor grau já são praticadas, como é o caso da coleta de lixo e coleta de sangue de cães. No entanto, serão intensificadas, junto com outras medidas voltadas para os animais e também para educação, como agendamento para castração de cães e gatos, palestras, uso do carro fumacê, borrifação no interior de moradias; distribuição de folder e fixação de cartazes no comércio, escolas e associações de bairros; aplicação de larvicida.
No âmbito da educação, um dos focos será a limpeza de quintais, incluindo a recomendação para que os moradores evitem criar porcos e galinhas, visto que as fezes desses animais são um dos locais preferidos para a reprodução desse inseto, que também se utiliza de folhagem, locais sujos para a mesma finalidade.
A intenção é convidar para apoio nessa tarefa alguns órgãos públicos como Exército Brasileiro, Bombeiros, secretarias municipais de Meio Ambiente, Serviço de Saneamento Ambiental de Marabá, Sevop, Ministério Público do Pará, Imprensa de Marabá e voluntários, para trabalhar simultaneamente em várias frentes.
Dengue – Um novo Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (Lira) segue apontando Marabá para baixo risco de dengue e outras doenças correlatas a esse mosquito.
Das 22 áreas inspecionadas (mais de 230 imóveis), somente duas apresentaram alto índice de proliferação do mosquito, o Residencial Jardim do Éden, com 5,66% dos lares; e bairro Francisco Coelho, na Marabá Pioneira, com 4,16% das casas infestadas.
O médio risco (menos de 4% das residências) está presente em 16 localidades, incluindo a Marabá Pioneira, Residencial Tocantins, Folha 11 e Novo Pregresso. Enquanto outras quatro áreas estão no baixo risco, ou seja, menos de 1% de lares com o mosquito, compreendendo Vale do Itacaiúnas, Amapá, Liberdade e bairro Araguaia.
Texto: João Batista
Fotos: Paulo Sérgio